São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997 |
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Genro de Maluf será chamado pela procuradoria
IGOR GIELOW
Depois do sobrinho Caio Lutfalla, da mulher, Sylvia, e do próprio Maluf, Curi é o próximo membro da família a depor. O objetivo do promotor Alexandre de Moraes é saber se Curi realmente administra a Obelisco, granja que vendeu frango vivo à A D'Oro (da família Lutfalla) no período em que esta forneceu coxas e sobrecoxas à prefeitura (agosto de 1996 a fevereiro de 1997). A afirmação foi feita por Sylvia, que na semana passada disse não ter nada a ver com a Obelisco, a despeito do fato de ser a principal acionista e diretora, segundo a Junta Comercial. "Além disso, Sylvia participou, em conjunto com sua filha Ligia, da integralização de R$ 333 mil em moeda corrente em 30 de setembro de 1996", afirmou em ofício à promotoria o vereador Carlos Neder (PT). A integralização a que Neder se refere está em um registro de aumento de capital da Obelisco. Em ofício, Neder também afirma que a Obelisco não especificou o que vendeu em 3.154 das 4.816 notas fiscais movimentadas entre 1996 e este ano. Na Obelisco, ninguém atendeu o telefone ontem. Precatórios O promotor Saad Maznou entrou com recurso junto à 9ª Vara da Fazenda Pública ontem pedindo a reconsideração de uma decisão negando liminar para pôr os bens de Maluf, do prefeito paulistano, Celso Pitta (PPB), e do ex-diretor da Dívida Pública, Wagner Ramos, em disponibilidade. O pedido faz parte do processo que corre naquela Vara relativo à emissão de títulos públicos em valores acima dos necessários para pagar precatórios (dívidas judiciais) na gestão Maluf (1993-1996), quando Pitta era secretário das Finanças. Texto Anterior: O espetáculo da fé Próximo Texto: Juízes criticam reforma da Previdência Índice |
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