São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Câmera e torcida vigiam atleta nos EUA

RÉGIS ANDAKU
DA REPORTAGEM LOCAL

A National Football League abre seu torneio com atenções não só voltadas aos astros do futebol americano. Um grupo específico está na mira de dirigentes e torcedores: o de jogadores acusados de agressões, uso de drogas e até estupro.
Os casos são tantos -de agressão à mulher a estupro- que os próprios times estão "tomando conta" dos atletas.
O Washington aplicou multa de US$ 50 mil a Michael Westbrook, que agrediu um colega em treino. O Dallas, melhor time da década, foi além.
Não confirma oficialmente, mas equipou todos os quartos de seu centro de treinamento com câmeras de vídeo para poder vigiar os atletas.
Nos últimos três anos, cinco jogadores do time foram suspensos por uso de drogas e outros tantos acusados de assédio sexual e agressão.
O caso mais polêmico nesta pré-temporada envolveu, inclusive, seu técnico, Barry Switzer, detido em um aeroporto portando, ilegalmente, um revólver. Switzer, que ganhou um Super Bowl, tem boas chances de "limpar o nome" levando o Dallas a outro SB, a final, em janeiro.
Menos chance tem Carl Hargreave, assistente-técnico do modesto Minnesota, que, dirigindo bêbado, xingou, fez gestos obscenos a policiais, se recusou a fazer o teste do bafômetro, resistiu à voz de prisão e teve de ser dominado no chão antes de ser algemado.
Bam Morris, atleta que já atuou nas finais, está proibido de jogar por quatro rodadas. Pela Justiça, foi condenado a 200 horas de trabalho comunitário por posse de maconha.
Se perde Morris, o Baltimore ganha Larry Webster, de volta após "excessos alcoólicos".
Terry Allen, do Washington, foi parar na delegacia porque misturou alcool e uma Ferrari a quase 200 km/h na pequena Monroe, Estado da Geórgia.
Jogando em metrópoles de julho a janeiro, os atletas passam o outro meio ano inativos, e gastam energia onde nasceram. Aí os problemas vêm.
Exemplo: Tyrone Williams, do Green Bay. Em vez de relaxar no Estado de Nebraska, ficou 126 dias detido por ter atirado em um carro. Sem licença para portar arma, Williams estava bêbado quando preso pela polícia.

Texto Anterior: São Paulo disputa prova dos 'apelidos'
Próximo Texto: Seleção obtém transição 'relâmpago'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.