São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997
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MST realiza novas assembléias e decide voltar a invadir no Pontal

Agenda de invasões será definida no final de semana

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TEODORO SAMPAIO

O MST realizou ontem assembléias nos acampamentos para comunicar o fim da trégua, que durava uma semana, às invasões no Pontal do Paranapanema, extremo oeste de São Paulo.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) quer fazer novas assembléias, no próximo final de semana, para definir as fazendas a serem invadidas.
As últimas invasões, nas fazendas Maturi 1 e Primavera 1, foram há duas semanas, seis meses depois da trégua anterior, anunciada em fevereiro.
A militância iniciou uma ação coordenada para levar novas famílias aos acampamentos, mesmo com as reclamações de falta de alimentos e empregos aos sem-terra que moram nos barracos.
A meta é reunir 2.000 famílias nos acampamentos Taquaruçu e Santa Rita, maiores focos de tensão e conflitos com os ruralistas.
"Já foram sete meses. Agora acabaram as férias. Todo mundo tem de voltar para os barracos", disse o coordenador estadual do MST Almir Rodrigues Chaves, 40.
"Em alguns casos, é suicídio ocupar fazendas. É claro que ninguém quer isso", afirmou o líder nacional do MST Gilmar Mauro, 30, que passou o final de semana em Teodoro Sampaio (710 km a oeste de São Paulo).
Após a assembléia, a Igreja Católica batizou cerca de cem crianças no acampamento Taquaruçu.

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