São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997 |
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Ponte dos Remédios é aprovada e reabre
MARCELO OLIVEIRA
Na quinta etapa do teste, das 15h às 16h de ontem, quando 28 betoneiras de 25 toneladas cada ficaram perfiladas no viaduto, a ponte suportou 700 toneladas de carga. O teste durou nove horas. Começou as 8h e terminou por volta das 17h, após vistoria do secretário de Obras e Vias Públicas, Reynaldo de Barros, que rebateu afirmação do governador Mário Covas (leia texto abaixo). A pista Osasco-São Paulo, onde uma rachadura foi detectada em 3 de junho, interditando a ponte, será reaberta em novembro. A estimativa da prefeitura é que o custo total da reforma da ponte fique em torno de R$ 7 milhões. Segundo o superintendente de obras da Secretaria de Vias Públicas, Paulo Taliba, a parte mais radical do teste foi a quarta, por volta das 12h de ontem, quando 400 toneladas (16 betoneiras) ficaram no vão central da ponte. Nessa parte do teste, a ponte apresentou uma deformação de 3 cm. Taliba disse que o limite dentro do esperado era de 5,8 cm. "A deformação atingiu 3 cm, mas depois a ponte se acomodou." Segundo Lenivaldo Aguiar dos Santos, diretor da Este-Estrutura, empresa que reformou a ponte, a movimentação na pista que será reinaugurada hoje não atrapalhará a obra na pista Osasco-São Paulo. "As estruturas das duas pistas são independentes. Na verdade, são duas pontes paralelas." Perigo Segundo Santos, antes de ser cumprida a primeira etapa da protensão (amarração das estruturas da ponte com cabos de aço), ainda em junho, a ponte Osasco-São Paulo correu risco real de desabar. "Antes da protensão não tínhamos controle da estrutura, só a monitorávamos por meio de testes. Até então não dava para garantir nada." Segundo Santos, o momento de maior tensão aconteceu duas madrugadas antes da protensão, quando o frio fez a ponte ceder mais do que o normal. "O concreto chegou a estalar", lembra. O motorista de betoneira Gilson Ferreira Caldas, 31, dirigia o último caminhão que participou do teste. Ele disse que preferiria entregar concreto numa obra do que ficar na ponte. Reynaldo de Barros disse estar preocupado com o período das chuvas que se aproxima. "O Estado não escavou um centímetro cúbico na calha do rio Tietê. Fizemos medições e o rio está com vazão de 450 m3/s, similar à do Tamanduateí (afluente do Tietê). Quero ver quando a chuva chegar e inundar as marginais." Texto Anterior: LIVROS JURÍDICOS Próximo Texto: Covas e Barros trocam farpas Índice |
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