São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Ouvidoria vai acompanhar apuração das mortes

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Ouvidoria da Polícia de São Paulo irá acompanhar como prioridade a apuração da morte dos três adolescentes pelo soldado da PM Paulo César Reiche. De acordo com o ouvidor, Benedito Domingos Mariano, casos de homicídio envolvendo PMs são acompanhados pela ouvidoria, independente de haver denúncia da família.
A Corregedoria da Polícia Militar abriu ontem um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar o crime. Como Reiche não estava trabalhando no momento do assalto, vai continuar exercendo suas funções durante o inquérito.
Familiares dos três adolescentes acham que eles foram executados pelo policial no caminho para o hospital. "A polícia disse que meu irmão tinha levado um tiro. Mas, no IML, disseram que foram dois. Essa história está mal contada", afirmou o feirante Marcelo Francisco dos Santos, 21, irmão de A.S.
Nenhum dos três mortos tinha passagem pela Febem. Segundo familiares, todos eram trabalhadores. A.S. e D.C.V. eram mecânicos. R.M.P.C. trabalhava desde os 11 anos como mensageiro, mas estava desempregado havia dois meses.

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