São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997 |
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Governo tenta atrair verba para rodoanel Idéia é conquistar iniciativa privada MAURO TAGLIAFERRI
A idéia é fazer com que 51% da construção da rodovia que circundará a capital paulista, ligando as principais estradas que convergem para a cidade, sejam bancados pela iniciativa privada. Estima-se que o rodoanel, de 161 km de extensão, custará R$ 2,8 bilhões. Para convencer representantes de empreiteiras, bancos, seguradoras e transportadoras que a obra é um bom negócio, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), empresa que comanda o projeto do rodoanel, chamou especialistas do exterior para mostrar experiências em outros países, como Grécia, EUA, França e Austrália. "Estamos tentando atrair investidores. Mostramos as vantagens e riscos que há", disse Ulysses Carraro, coordenador do rodoanel. As empresas aguardam a definição da forma como se dará a contrapartida do gasto. Provavelmente, elas terão uma concessão de exploração dos pedágios e de serviços ao longo da via, como ocorre nas estradas "privatizadas". Para a primeira fase da obra, entre a estrada velha de Campinas (Perus) e a rodovia Régis Bittencourt, o governo espera que 15% dos R$ 494 milhões orçados venham de empresas privadas. Nos outros três segmentos, o investimento cresceria, chegando aos 51%. "Com o primeiro trecho pronto, a iniciativa privada já poderá explorá-lo. Essa empresa concessionária, como investirá pouco na conservação de uma estrada nova, poderá usar o excedente para aplicar na construção dos outros trechos", disse Carraro. "Se não houver recursos privados, o governo terá de arrumar o dinheiro. A diferença é que os prazos das obras podem ficar maiores", declarou o governador Mário Covas que, junto com o Ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, abriu o seminário. (MT) Texto Anterior: ANTP e secretários defendem mudança no código Próximo Texto: Piracicaba faz museu com documentos e aguardente Índice |
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