São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Em dia tenso, dólar dispara na BM&F

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto as Bolsas tinham mais um dia ruim, o mercado de câmbio voltava a ficar nervoso, ontem.
Aparentemente, sem motivo. Na sexta-feira, a entrada de dólares pelo câmbio comercial foi grande. O fluxo ficou positivo em US$ 475 milhões. O que significa uma entrada líquida US$ 3,74 bilhões no mês de agosto.
Com toda essa entrada de dólares, havia expectativas de que os negócios fossem feitos no piso da minibanda (R$ 1,0895). Mas, isso não ocorreu. O comercial fechou a R$ 1,0925 para venda.
Na BM&F, o aumento da demanda por "hedge" cambial e movimentos de rolagem dos contratos de setembro, que venceram na sexta-feira, pressionaram também o dólar futuro.
Os contratos para outubro, que projetam o dólar de setembro, dispararam 0,21%, fechando a R$ 1,102. O dólar para novembro subiu 0,28%, enquanto dezembro valorizava 0,32% e janeiro, 0,35%.
Segundo operadores, a demanda por "hedge" cambial continua elevada porque, enquanto o mercado espera que o Banco Central eleve a disponibilidade de títulos atrelados à moeda norte-americana, até agora só houve rolagem de papéis que estavam vencendo. Alguns acreditam que a oferta adicional ainda virá.
Bolsa
Ao contrário da sexta, em que a queda ocorreu com um volume superior a R$ 1 bilhão, ontem a baixa aconteceu com pequeno volume. Foram negociados magros R$ 554,1 milhões.
O fato serviu de consolo para o mercado, porque isso significa que não foi necessária muita pressão de venda para derrubar as cotações.
Nas palavras de um operador, é muito fácil ocorrer uma queda deste tamanho quando muitos investidores estão ausentes. No caso, a maioria dos estrangeiros estiveram ausentes.
Entre os papéis que compõem o índice Bovespa, a única alta foi registrada por Copesul ON, que subiu 52,9%.
Telebrás PN, que respondeu por 55% dos negócios, fechou em baixa de 4,28%. Petrobrás PN baixou 4,88%, Eletrobrás, 5,37% e Telesp, 4,61%.
As maiores baixas da Bolsa foram: Banese ON (25,0%), Banese PN (24,1%) e Adubos Trevo PN (22,2%).

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