São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Apenas sobrevivente estaria com cinto

HENRIQUE SKUJIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O único sobrevivente do acidente que matou a princesa Diana, seu guarda-costas, estaria usando o cinto de segurança.
Diana e seu namorado, sentados no banco traseiro, assim como o motorista, estariam sem o cinto, segundo testemunhas. A polícia não confirmou a informação.
A Mercedes-Benz, fabricante do modelo S 280, em que estava a princesa, também se negou a comentar a possibilidade do não-uso do cinto pelos ocupantes do carro.
"Não podemos comentar nada porque não temos uma confirmação da polícia", disse Wolfgang Inhester, vice-presidente de imprensa da área de veículos de passeio da Mercedes-Benz. Até o momento, a polícia de Paris ainda não respondeu à oferta de ajuda da Mercedes.
O guarda-costas de Diana contou também com a proteção do airbag (bolsa que infla em acidentes). O airbag do motorista também foi acionado. Mas, sem cinto de segurança, não resistiu ao acidente -o airbag europeu vincula sua eficácia ao uso do cinto; o norte-americano, por exemplo, é maior e pode ser mais eficiente mesmo sem o uso do cinto.
Segundo Inhester, casos de colisão dianteira contra postes, em alta velocidade, representam menos de 1% dos casos. A Mercedes diz que nenhum outro carro aumentaria as chances do motorista e dos passageiros. "O grau de segurança dos nossos carros está acima do exigido em todo o mundo", disse Inhester.
O Mercedes S 280 em que estava a princesa Diana foi produzido em 1994. Essa versão não tem airbag lateral e nem ESP (Eletronic Stability Program), que dá mais aderência ao carro, reduzindo a probabilidade de perda de controle pelo motorista. O S 280 tem motor 2.8 de 195 cavalos de potência. A velocidade máxima supera os 210 km/h.

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