São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Filho mais velho de Diana desponta como salvação da coroa britânica

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

William Arthur Philip Louis, ou simplesmente príncipe William de Gales, 15, foi visto uma única vez em público depois de ter recebido a notícia da morte de sua mãe.
Ele e seu irmão, Harry, 12, "aparentavam muita força e resistência", segundo o pastor anglicano Robert Sloan, de uma pequena igreja no interior da Escócia, onde ambos assistiram a um culto religioso no domingo pela manhã.
Will, como é tratado familiarmente, entrou há dois dias em especial evidência. É o segundo nome na longa lista da sucessão de sua avó, Elizabeth 2ª.
A lista oficial, baseada na proximidade do sangue com a atual monarca, tem 60 nomes. O último deles é o de uma parente distante, a filha do rei Olavo 5º, da Suécia.
O filho mais velho de Charles e de lady Di tornou-se, entretanto, uma alternativa para a crise de credibilidade em que a monarquia já se encontra e que provavelmente se radicalizará após a morte da princesa de Gales.
Charles, o número um da sucessão real, conduziu mal seu casamento. É visto como um homem frágil para representar a monarquia. A médio prazo, Elizabeth 2ª poderá indicar o neto, e não o filho, como herdeiro dos Windsor.
A popularidade potencial do príncipe William estaria na incorporação dos padrões de comportamento de lady Di, bem mais arejados que os da família real.
Ele nasceu a 21 de junho de 1982 no hospital Saint Mary, bairro londrino de Paddington. Está fazendo o curso secundário no Eton College, em Windsor, escola por excelência da elite local.
Abriu recentemente uma conta bancária, com depósito inicial de 500 libras. Uma página oficiosa da Internet informa que ele gosta de macarrão, hambúrguer e chocolate, adora esquiar em Klisters, na Suíça, e não demonstra fanatismo pela idéia de um dia se tornar rei.
"Tenho procurado dar a ele conhecimento, que é uma forma de poder", disse Diana, em entrevista há dois anos à BBC, a televisão pública inglesa.
Foi ele quem sugeriu à mãe leiloar os vestidos de luxo de seu guarda-roupa para arrecadar fundos para obras beneficentes. Também a teria aconselhado durante as negociações que precederam, há um ano, o anúncio de seu divórcio com Charles. (JBN)

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