São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997
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Venda de veículos reduz saldo negativo

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As exportações de veículos cresceram 64% em agosto na comparação com o mês anterior, segundo o ministro Francisco Dornelles (da Indústria, do Comércio e do Turismo).
Esse resultado foi um dos que pesaram para que o déficit comercial do mês, de US$ 315 milhões, ficasse abaixo das expectativas.
Os embarques de veículos somaram, em agosto, US$ 157 milhões. De janeiro a agosto, essas exportações totalizaram US$ 706 milhões.
Desde o início do ano, entretanto, o desempenho foi mais fraco do que o esperado pelo governo. Tanto que, há menos de um mês, o MICT decidiu submeter as montadoras a auditorias periódicas para confirmar se estavam cumprindo o compromisso de exportação registrado no regime automotivo.
Em agosto, o desempenho do setor automotivo influiu diretamente nos embarques do conjunto de produtos manufaturados, cuja elevação é considerada estratégica para a diminuição do déficit comercial no ano.
Em agosto, os embarques de manufaturados aumentaram 16% em relação a julho, de acordo com os dados divulgados ontem por Dornelles. Somaram, portanto, US$ 3,058 bilhões.
As importações de manufaturados, por sua vez, caíram 1,8%. A queda mais expressiva nesse mesmo grupo foi a dos bens de capital (máquinas e equipamentos), de 2,6%, que totalizaram US$ 1,662 bilhão.
Apesar de ter apresentado queda de 61% no déficit em relação a julho, o resultado de agosto só não foi melhor porque houve redução de 11% nos embarques de produtos básicos e alta de 12% nas importações de semimanufaturados.
Dessa forma, os embarques de produtos básicos somaram US$ 1,542 bilhão. Pesou nesse desempenho menos favorável a queda de 35% na exportação de soja -o carro-chefe do comércio do Brasil com o exterior.
Essa queda ocorreu porque a última safra está no fim. Segundo Dornelles, essa queda deve ser compensada no próximo mês pela exportação da próxima safra de café -produto que, assim como a soja, teve seu preço elevado no mercado internacional.
As importações, por sua vez, caíram 10,9% entre julho e agosto. Além dos produtos manufaturados, os básicos também apontaram queda de 8,5% nos desembarques, especialmente o milho.

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