São Paulo, sexta-feira, 5 de setembro de 1997![]() |
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Álvaro Dias aceita aliança com PFL
FLÁVIO ARANTES
Dias disse que concorda com uma aliança entre PFL e PSDB no Estado para as eleições do ano que vem, como quer Lerner, desde que o nome do candidato da coligação ao governo saia de uma pesquisa de intenção de voto no Paraná, a ser feita em maio do próximo ano. Caso a sondagem aponte a preferência por Lerner, o tucano disse que desiste da candidatura. "Você veja como a minha proposta é honesta", disse Dias, reconhecendo que as chances de Lerner liderar a pesquisa são maiores. "Mas eu tenho confiança de que em maio o PSDB vai estar na frente". Lerner e Dias são adversários políticos. O presidente da Telepar foi o principal articulador da decisão do PSDB estadual de recusar, em maio, o ingresso do governador do Paraná no partido. "Imposições" Por meio de sua assessoria de imprensa, Lerner informou que a aliança depende do PSDB, mas que o entendimento não deve passar por "um jogo de imposições". A avaliação de assessores do governador é que a posição de Dias é uma estratégia de quem já percebe que não terá condições de disputar o governo e busca um fato político para justificar a desistência. Dias nega, mas dentro do PSDB há quem garanta que a sinalização do tucano, de que pode desistir de sua candidatura, passa por Brasília. O presidente da Telepar estaria sendo pressionado pelo Palácio do Planalto a desistir de concorrer em favor de Lerner, garantindo palanque único para FHC no Paraná. Dias disputaria o Senado. "Isso não existe. O presidente respeita a posição do PSDB no Paraná", disse o líder tucano. Na última terça-feira, quando assinou sua ficha de filiação ao PFL, o governador propôs uma aliança com o PSDB. "O PSDB do (Euclides) Scalco, do (José) Richa e de tantas lideranças apoiou-me em 94. Por que o PSDB que hoje tem o Álvaro Dias como sua grande liderança não pode fazer o mesmo?", disse ele. Ao mesmo tempo que propôs a aliança, Lerner mandou um recado a FHC: "Eu não poderia admitir o presidente lançar um candidato contra o governador que faz parte da sua base de apoio". Lerner também disse ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda é cedo para comentar a emenda constitucional aprovada pela CCJ do Senado, que extinguiu o segundo turno na eleição para governadores e prefeitos. Para o governador, não é a mudança de uma regra que vai alterar "o projeto de continuidade da nossa administração". Texto Anterior: Alguma coisa não está dando certo, diz líder Próximo Texto: A liberdade de Erundina Índice |
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