São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Tribunais do PA esperam decisão

ESTANISLAU MARIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Os funcionários dos tribunais regionais do Trabalho e Eleitoral do Pará esperam decisões dos tribunais superiores sobre reajustes de salários já autorizados no Estado, mas suspensos em Brasília.
Por enquanto, os servidores do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) não estão recebendo os benefícios da redução de 12% para 6% da contribuição previdenciária e os do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) esperam o repasse de 10,94% retroativos sobre os salários de abril de 94 a janeiro de 95.
A pedido do sindicato, que argumentou ser irregular o desconto previdenciário, o TRE autorizou em 17 de junho passado a redução da alíquota e a devolução do valor recolhido desde julho de 1994 para seus 178 servidores.
Segundo o departamento de recursos humanos do tribunal, a folha do TRE chega a R$ 598 mil mensais. O maior e o menor salários são, respectivamente, de R$ 7.000 e de R$ 800.
Por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a decisão do TRE. Uma liminar (decisão provisória) do Supremo, de 13 de agosto, manteve os descontos e proibiu o reembolso do valor recolhido. O STF ainda não marcou o julgamento da ação.
"O dinheiro recolhido iria para um Plano de Seguridade do Servidor, que não foi criado, portanto o desconto é ilegal", disse o secretário de Finanças do Sindicato dos Servidores da Justiça Eleitoral do Pará, José Ribamar França Silva.
"Mas ainda temos chance de vencer a ação, porque será julgado o mérito da questão", afirmou.
O TRT autorizou o pagamento de reajustes de 10,94% sobre salários de abril de 94 a janeiro de 95.
A folha do TRT é de R$ 5 milhões, para 904 funcionários ativos, 283 aposentados e 59 pensionistas. O maior salário é de R$ 1.924,85 e o menor, R$ 344,42.

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