São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997 |
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Dado oficial deve ser multiplicado, diz ONU
ANDRÉ LOZANO
"Isso nos daria informação mais segura do número de crimes que ocorrem na cidade, o que contribuiria para o redirecionamento do contingente policial", disse Kahn. "Não há como desenvolver um bom trabalho policial sem estatísticas confiáveis. Não é possível, por exemplo, fazer o mapeamento da incidência de crimes na cidade. Se a Secretaria de Segurança Pública não tem dados mais próximos da realidade, não consegue estabelecer uma política correta de segurança", disse o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais de São Paulo, Mário Papaterra Limongi. "Por exemplo, quando se cria uma delegacia da mulher, há uma enxurrada de registros de violência contra mulheres. No entanto, isso não significa um aumento dos crimes contra mulheres, apenas uma elevação de suas notificações. O mesmo acontece quando se cria uma delegacia de crimes raciais. Esses crimes aconteciam antes, mas não eram denunciados porque as pessoas não se sentiam à vontade para prestar queixa em uma delegacia comum." "Com exceção desses casos, os outros crimes têm taxas de subnotificações estáveis", disse Kahn. Por esse motivo, é provável que se mantenham os índices de subnotificações, que serão revelados por uma nova pesquisa. Uma nova versão da pesquisa do Unicri, o instituto de pesquisas criminais das Nações Unidas, sobre a subnotificação de crimes será divulgada no final deste ano, com base em pesquisa realizada em 1996, no Rio. "A tendência da subnotificação é mantida", disse o sociólogo e consultor do Unicri, José Arthur Rios. (AL) Texto Anterior: População não cumpre dever, diz secretário Próximo Texto: Estudante troca DP por abraço de mãe Índice |
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