São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Ministro nega juro menor na poupança

Malan afirma que medida não é para agora

VANDECK SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, descartou em Recife (PE) a possibilidade de haver redução de juros da poupança, hipótese que foi levantada pelo diretor de normas do Banco Central, Sérgio Darcy, na última quarta-feira.
"Essa medida não está em consideração para adoção imediata. O que houve foi um estudo técnico, como qualquer governo faz, levantando indagações para o futuro", disse Malan.
"Infelizmente isso foi lido como algo que o governo estaria fazendo para amanhã ou depois de amanhã. Não está", afirmou ele.
Malan disse que tem uma posição, "já conhecida de longa data", de não tomar decisões precipitadas, que possam surpreender o cidadão e o contribuinte.
As declarações do ministro reforçam a avaliação feita por especialistas do mercado financeiro, e publicada pela Folha, de que a possibilidade de redução dos juros da poupança foi um "balão de ensaio" levantado pelo governo.
A expressão é utilizada para designar uma informação passada por alguma fonte com o objetivo de testar a reação do mercado.
Malan esteve em Recife na sexta-feira passada para fazer uma palestra na Fundação Joaquim Nabuco sobre o Plano Real. Ele estava acompanhado pelo vice-presidente Marco Maciel.
Após a palestra, houve uma sessão de debates e o ministro foi questionado sobre o câmbio pelo empresário João Carlos Paes Mendonça -do grupo varejista Bompreço. Malan fez questão de enfatizar que não haverá mudança na política cambial nem maxidesvalorização do real.
O ministro evitou comentar as medidas restritivas impostas à importação do açúcar brasileiro na Argentina e o erro do governo nos registros das importações.

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