São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997 |
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Clube só vai se pronunciar depois de auditoria
MÁRIO MAGALHÃES
A firma está analisando valores a partir de 1994. A advogada do ex-dirigente, Sonia Mizrahy, nega. Ela se reuniu no dia 28 de julho com Álvaro Barcellos, atual presidente do Fluminense. A advogada reclama que, depois dessa reunião, o dirigente não mais a procurou para tratar do assunto. "Precisamos saber se algo é devido", declara Barcellos. "Só vamos pagar alguma coisa se a dívida for verdadeira", acrescenta ele. Outras dívidas Presidente desde o fim do ano passado, Barcellos recebeu o clube com várias dívidas. Em dezembro, a Receita Federal multou o Fluminense em R$ 5,4 milhões, por não recolher o Imposto de Renda descontado dos funcionários. A dívida total do clube superaria R$ 20 milhões. Antes do relatório da auditoria em curso, ninguém é capaz de saber o valor exato. A cobrança de Antunes radicaliza a disputa política no clube. Barcellos integra um grupo político que se opunha à gestão de Arnaldo Santhiago e Alcides Antunes. A Folha apurou que a diretoria não divulgou o contrato de confissão de dívida até agora porque prepara um grande evento para anunciar possíveis irregularidades administrativas nas gestões passadas. O caos financeiro chegou a tal ponto que o estádio das Laranjeiras foi penhorado devido a dívidas trabalhistas. Para sair do buraco financeiro, Barcellos desenvolve iniciativas para "profissionalizar" o Flu. Em parceria com a Oceânica Seguros, lançou um fundo de investimentos para contratar novos jogadores. A atual diretoria conseguiu, contrariando o regulamento, manter a equipe na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Com Alcides Antunes, o Fluminense conquistou o Campeonato Estadual de 95, quebrando um jejum de dez anos. No mesmo ano, o time chegou às semifinais do Brasileiro. A partir de então, acumulou fracassos. (MM) Texto Anterior: Dirigente pode lucrar R$ 2 mi com o Flu Próximo Texto: Advogada promete papelada Índice |
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