São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Final nas quadras opõe patinadoras

RÉGIS ANDAKU
EM NOVA YORK

A final do torneio feminino do Aberto dos EUA, hoje, celebra o sucesso de duas adolescentes.
A suíça Martina Hingis, 16 anos e 11 meses, número um do mundo, chega à decisão como favorita, uma condição que defende em todos os torneios que disputa no circuito mundial de tênis. Nesta temporada, venceu 65 e perdeu somente 2 jogos.
A sensação nas quadras de Flushing Meadows, todavia, é a outra adolescente: Venus Williams, 17 anos e 3 meses.
Negra, norte-americana, Williams é a primeira tenista não cotada como pré-favorita a chegar à final do Aberto dos EUA.
A atual 66ª do ranking -começou o ano como 211ª -, ela pode chegar a ficar entre as 25 melhores do mundo se vencer esta que é a final mais jovem em um Grand Slam, os quatro mais importantes torneios do mundo.
Além de ser adolescente e ter como técnico os pais, o outro ponto que liga as finalistas é o fato de gostarem de patinar nas horas em que não estão treinando ou jogando.
"Tenistas adolescentes podem ser adolescentes normais, como qualquer um", disse Hingis. "Não faz diferença o fato de sermos jovens", afirma Williams.
Mas, questionada sobre o fato de não ser favorita, a norte-americana nascida na Califórnia ataca: "Não vou ter nenhum medo dela", referindo-se à rival, que nasceu na então Tchecoslováquia.
Em dois jogos na curta carreira de ambas, duas vitórias de Hingis, todas em dois rápidos sets.
"No último jogo, eu praticamente desisti no meio, e não posso culpar Hingis por ter me vencido. Parabéns a ela. Mas pode escrever aí que nesse domingo (hoje) eu não vou dar chance. Cheguei até aqui, então só me resta vencer."

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