São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997 |
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Papa celebra missa pela religiosa
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O papa João Paulo 2º celebrou sua missa privada ontem na intenção de madre Teresa de Calcutá, "essa inesquecível testemunha do amor transformado em serviço concreto e incessante pelos mais pobres e esquecidos dos nossos irmãos".A missa foi celebrada de manhã em Castelgandolfo, residência de verão do papa onde ele está hospedado desde que voltou da excursão à França no mês passado. A missa privada é a que o papa celebra todos os dias. Ele pode estar sozinho, mas, para a missa de ontem chamou algumas das pessoas que trabalham no castelo. Depois da missa o papa fez sua primeira aparição pública depois da morte da religiosa. Ele discursou para membros do Centro Italiano de Voluntários do Sofrimento, uma organização humanitária. "Um extraordinário exemplo dessa silenciosa missão da caridade, que nasce da contemplação de Cristo, é madre Teresa de Calcutá, que acaba de voltar para a casa do pai", disse João Paulo 2º. Antes disso, João Paulo 2º havia enviado mensagem às Missionárias da Caridade de Calcutá. "Madre Teresa marcou a história do nosso século: ela defendeu corajosamente a vida, serviu todos os seres humanos promovendo sua dignidade e respeito, e fez aqueles que foram derrotados pela vida sentirem a ternura de Deus", escreveu o papa. Depois de seu discurso em Castelgandolfo ele abençoou um grande número de doentes e deficientes, lembrando a ação de madre Teresa. Segundo o padre Ciro Benedetti, porta-voz do papa em Castelgandolfo, o cardeal Simon Loudousamy, indiano, representará João Paulo no funeral da religiosa em Calcutá. Muçulmanos indianos também homenagearam a freira católica pelo seu serviço aos pobres. "Uma senhora cristã fez o que o Profeta do Islã mandou os muçulmanos fazerem. Creio que ninguém pode substituir madre Teresa", disse o mufti Mohammad Bashir-Ud-Din, principal jurista muçulmano de Jammu e Caxemira, Estado majoritariamente muçulmana da Índia. "Deus manda muito poucas pessoas como a madre Teresa para a Terra", disse o xeque Abdul Aziz, líder sufi da Índia. "É preciso muita coragem para se dedicar ao serviço da humanidade. Madre Teresa é uma grande sufi. Ela não está morta", disse. Texto Anterior: "Eu não consigo mais respirar" Próximo Texto: Calcutá abriu 'cruzada' de madre Teresa Índice |
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