São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997 |
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Ibama envia mais fiscais à Amazônia
ESTANISLAU MARIA
Os fiscais vão atuar principalmente no sul dos Estados do Pará e Maranhão e no norte dos Estados de Tocantins e Mato Grosso. Eles vão combater queimadas, desmatamento, transporte ilegal de madeira e extração de toras em reservas indígenas. Segundo o departamento de fiscalização do Ibama no Pará, a operação, batizada de Macauã, começou em agosto com a atuação dos fiscais na chamada Amazônia Legal (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso). Os cem novos técnicos foram enviados de outros Estados e vão fiscalizar também os desmatamentos causados pelas invasões de terra no sul do Pará e Maranhão. O Ibama também contará com o apoio da Polícia Federal. A operação Macauã apreendeu, só no Pará, na primeira quinzena de agosto, quase 3.000 metros cúbicos em toras e 855 metros cúbicos de madeira serrada. Além disso, houve autuações em 2.025 hectares devastados sem autorização. As multas aplicadas chegaram a R$ 195 mil. Em relação aos 124,6 milhões de hectares de área do Pará, onde só as madeireiras regulares somam 2.200 empresas, as apreensões são consideradas pequenas. Para cobrir todo o Estado, equivalente a 13 vezes a área de Portugal ou 30 vezes a da Holanda, o Ibama conta com apenas 64 fiscais. Fiscalização O fortalecimento da fiscalização servirá de resposta às críticas de entidades ambientalistas do Brasil e do exterior, que contestam a distribuição de concessões para que as madeireiras possam explorar racionalmente as Florestas Nacionais da região amazônica. O Ibama já publicou edital de licitação para a exploração da Floresta Nacional de Tapajós, no Pará, que tem 685 mil hectares de extensão e 62 tipos diferentes de madeira comercializáveis. O projeto do Ibama visa proporcionar uma exploração racional de uma parte da área, de 35 mil hectares. Se o projeto der certo, outras florestas nacionais também seriam abertas para a exploração. Há estudos para as florestas de Caxiuanã (PA), Tefé (AM), Jamari (RO) e Bom Futuro (RO). Fora da Amazônia, algumas florestas nacionais já receberam parecer permitindo sua exploração. Texto Anterior: Alencar propõe reforma da polícia Próximo Texto: Militares e policiais avaliam segurança Índice |
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