São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997
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PM repudia suposta atuação de soldados

DA REPORTAGEM LOCAL

O possível envolvimento de policiais militares no sequestro e posterior assassinato do garoto Ives Yoshiaki Ota revoltou o comandante interino do CPM (Comando de Policiamento Metropolitano), coronel Edilberto Ferrarini.
Em nota à imprensa, Ferrarini afirmou que os dois soldados estão presos, à disposição da Justiça comum. No mesmo texto, o coronel declarou que a instituição não compactua com policiais militares "que andam por caminhos diferentes" dos que a lei determina.
"Diante de crime tão hediondo (...), a Polícia Militar e a sociedade esperam que esses delinquentes sejam devidamente apenados pela Justiça", diz o trecho final da nota.
"Sob o ponto de vista humano, é lamentável que algumas pessoas, sejam elas policiais ou não, deixem aflorar seus piores sentimentos, materializando-os nas mais abomináveis formas de violência, as quais rejeitamos para poder continuar acreditando no ser humano", afirma trecho de outra nota, assinada pelo tenente-coronel Paulo Régis Salgada, chefe da 5ª seção de Estado-Maior da PM.
A associação de cabos e soldados também divulgou um comunicado, assinado pelo presidente da entidade, cabo Wilson de Oliveira Morais, onde repudia a suposta atuação dos dois soldados.
Trecho da nota afirma que os dois soldados devem "ser expurgados" da corporação. "Esperamos que a justiça seja feita e que a população paulista e brasileira não confunda um ou outro policial com toda a Polícia Militar."
O delegado José Alves dos Reis afirmou que os sequestradores mataram Ives porque foram "amadores e despreparados".
"Mesmo se o resgate fosse pago, eles matariam. Faltou estrutura criminosa e preparação para um crime que exige inteligência, como é o sequestro."

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