São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997
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Bolsas para pós podem diminuir

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O número de bolsas concedidas pelo governo para a área de pós-graduação não vai aumentar no ano que vem e poderá até mesmo diminuir.
Anteontem, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que era uma distorção do ensino superior o fato de o número de bolsas de especialização subir 12% ao ano, enquanto o número de graduandos é estável.
"Em 98, teremos a manutenção do número de bolsas, as universidades deverão ter um critério mais seletivo", afirmou o ministro da Educação, Paulo Renato Souza.
Para o ministro, a bolsa deve ser vista como um aperfeiçoamento, não como um emprego.
Segundo Abílio Baeta Neves, secretário de Ensino Superior do MEC, esse crescimento foi de 19% de 94 a 97 nas bolsas de mestrado e doutorado concedidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior).
Se mantido o orçamento previsto para a Capes em 98, o número de bolsas deve diminuir.
Este ano, o orçamento foi de R$ 390 milhões. Para o ano que vem, deverá ser de R$ 350 milhões.
O valor da bolsa de mestrado é de R$ 724 e, para doutorado, R$ 1.072.
O orçamento do MEC destinado a bolsas de mestrado e doutorado é de R$ 600 milhões.
Neves afirma que o problema maior hoje é o tempo de permanência dos estudantes na pós-graduação.
Um aluno de mestrado, que poderia se formar em dois anos e meio, se forma em mais de três. Existem no país, juntando-se as bolsas de mestrado e doutorado concedidas pela Capes e pelo CNPq, 35 mil bolsistas.

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