São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997
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Clinton faz ofensiva por "fast track"

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, iniciará oficialmente hoje sua campanha para convencer o Congresso a lhe dar o "fast track" (via rápida), ou seja, autorizá-lo a negociar novos acordos comerciais.
A campanha começará com uma cerimônia solene na Casa Branca para a qual estão convidados executivos das principais multinacionais norte-americanas que seriam beneficiadas pela ampliação do livre comércio. O projeto de lei correspondente ao "fast track", entretanto, ainda não estará na mesa e a batalha no Congresso está difícil de ganhar.
O vice-presidente, Al Gore, qualificou como "irrelevantes" os que continuam pensando em termos protecionistas às vésperas do século 21 e disse que o sentimento protecionista nos EUA poderia causar a perda de postos de trabalho e de empresas no médio prazo.
A autoridade para negociar acordos por via rápida permitiria à administração Clinton criar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) em 2005, além da adesão imediata do Chile ao Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, em inglês).
A AFL-CIO, confederação de 75 sindicatos com mais de 13,1 milhões de filiados e tradicionalmente aliada aos democratas, já iniciou sua campanha de oposição ao projeto de ampliação do Nafta com cartas aos congressistas e anúncios na televisão e no rádio.
Um funcionário da Casa Branca, que falou sob a condição de manter-se no anonimato, reconheceu que o presidente Clinton não conta no momento com o apoio necessário no Congresso para fazer passar a legislação necessária, especialmente dentro do Partido Democrata. Ele disse que se busca uma maioria com moderados dos dois partidos, o que é muito difícil nas atuais condições políticas.

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