São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997 |
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Publicitários criticam lei
LUIS HENRIQUE AMARAL
Para o publicitário Geraldo Walter, sócio da DM9 Institucional e responsável pela campanha do presidente Fernando Henrique Cardoso em 94, a proibição da divulgação de imagens externas vai prejudicar governo e oposição. "Quem está no governo não poderá mostrar suas realizações. E a oposição não vai passar as chamadas mazelas do país", disse Walter. Para ele, FHC será prejudicado pela lei. "Embora digam que a lei é governista, eu não acho. No ano que vem, serão inauguradas obras de grande porte, como rodovias, que não poderão ser mostradas." Walter também é contra a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais no horário eleitoral. Ele defende que sejam criados limites para que os resultados não sejam "manipulados" pela imprensa. Para o publicitário Nelson Biondi, que faz as campanhas do ex-prefeito Paulo Maluf, as mudanças são "puro casuísmo" para favorecer FHC. "Seria mais fácil eles decretarem a reeleição do homem de uma vez", ironizou. "Eles querem minimizar o horário eleitoral. Sem programa, o presidente está reeleito", diz o publicitário, lembrando que "enquanto nós não vamos poder mostrar imagens externas, os governantes poderão fazer propaganda oficial de suas obras", afirmou. Já Ricardo Carvalho, dono da produtora Argumento, acredita que a lei será prejudicial para os candidatos que não tiverem "carisma" na TV. "Se o candidato passa credibilidade, tem força no olhar, ele não será prejudicado pela lei", diz. Carvalho, que participou da campanha de Luiza Erundina (PT) em 96, diz que é indiferente à proibição das pesquisas. "A pesquisa que tem credibilidade junto à população é a que sai nos meios de comunicação." Texto Anterior: Temer pede veto à convocação de rádio e TV Próximo Texto: Almino deixa o PSDB e critica gestão de FHC Índice |
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