São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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PM não policia cruzamentos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Militar, encarregada do policiamento preventivo, não policia os cruzamentos de São Paulo em que há concentração de assaltos.
A deficiência na segurança foi constatada terça-feira, quando a Folha percorreu dez cruzamentos considerados perigosos pela própria PM.
Em apenas três deles, havia policiamento em diferentes horários. Nos demais, como por exemplo o cruzamento das avenidas Ipiranga e São João (zona central), percorrido em três horários diferentes pela reportagem, não foi constatada a presença de policiais.
No cruzamento das avenidas Henrique Schaumann e Rebouças (zona sudoeste), a Folha encontrou policiais em ação, mas, segundo M.L., vendedora em uma banca nas proximidades, ela já foi assaltada mesmo com a presença deles.
"Os assaltantes entram como se fossem clientes, levam todo o dinheiro e eles nem percebem", conta a vendedora, que teve sua banca invadida há cerca de dois meses.
Na zona sul, por exemplo, o cruzamento das avenidas Santo Amaro e Roque Petroni Jr. contava apenas com a presença de um fiscal do rodízio.
O CPM (Comando de Policiamento Metropolitano) foi procurado pela Folha e alegou que a falta de policiamento permanente tem uma explicação.
Segundo o major Joel de Augusto, 42, todos os cruzamentos considerados críticos são patrulhados, mas não de forma permanente.
Os PMs percorrem toda a região com o carro e estacionam, por alguns minutos, nos locais mais perigosos.

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