São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997 |
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Países já liberaram narcóticos
EUNICE NUNES
"Caiu o número de suicídios e o de mortes por overdose, assim como houve redução da chamada criminalidade conexa, como assaltos a farmácias, e até dos casos de Aids transmitida pelo uso comum de seringas entre os consumidores de drogas injetáveis", diz Figueiredo Dias, professor da Universidade de Coimbra (Portugal). Paz Arenas, professora da Universidade Complutense de Madrid (Espanha), informa que a Suíça tem comprado heroína da França para fornecer aos viciados. Na Holanda, é permitido o comércio de maconha, sem limite de quantidade para a posse da droga. O estado alemão de Schleswig-Holstein descriminou a posse de até 30 g de maconha, 5 g de cocaína e 2 g de heroína. Segundo os especialistas, pesquisas realizadas nesses lugares mostram que o consumo não aumentou depois da liberação. Em alguns casos, até chegou a baixar. Essas pesquisas também revelam que não cresceu o consumo de drogas pesadas após a descriminação do uso das drogas leves, ou seja, não confirmaram a crença de que o uso de drogas leves leva ao posterior consumo de drogas pesadas. Texto Anterior: Educação é a aposta dos europeus contra as drogas Próximo Texto: Crise do sistema penal é ameaça Índice |
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