São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Desvalorização cambial pressiona inflação

DA REPORTAGEM LOCAL

Desvalorização cambial pressiona a inflação
O câmbio sobrevalorizado está prejudicando as exportações brasileiras.
A queixa, uma das que mais se ouvem hoje, já era formulada no início da década de 1920, quando o café dominava o comércio exterior.
Em 1921, editoriais da "Folha da Noite" pediam medidas para desvalorizar a moeda.
As exportações começaram a sofrer um pouco antes, com o final da 1ª Guerra Mundial (1914-1918). A instabilidade econômica mundial que se seguiu atingiu as exportações.
A partir de 1920, as mudanças na economia mundial provocaram a queda dos preços internacionais e o aumento do protecionismo externo. Consequência: as exportações do país caem 36%. Essa queda, aliada ao aumento de 25% nas importações, eleva o déficit comercial, desencadeando a política de seguidas desvalorizações cambiais (R$ 3,70 por dólar em 1919; R$ 4,50 em 20 e R$ 7,50 em 21).
Para solucionar parcialmente a crise, o governo contrai empréstimos em 1921/22 que elevam em 15% a dívida externa do país. Em março de 1921 é adotado um novo plano para valorizar o café. O efeito colateral foi uma forte pressão inflacionária. A taxa de inflação, que havia fechado 1921 em 2,4%, pulou para 6,7% em 1925.

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