São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997 |
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Diplomacia negocia a 'guerra' do açúcar
MAURICIO ESPOSITO
O sub-secretário para a Integração Econômica e Comércio Internacional do Itamaraty, José Botafogo Gonçalvez, e o secretário das Relações Econômicas Internacionais da Argentina, Jorge Campbell, almoçaram juntos ontem durante o último dia do Fórum Econômico Mundial. A pauta oficial do encontro entre os diplomatas era a discussão da agenda futura do Mercosul. No entanto ambos deram declarações durante a tarde indicando futuras negociações diplomáticas entre os dois países sobre a questão do açúcar. O Congresso argentino aprovou recentemente uma nova lei açucareira, que condiciona a redução do Imposto de Importação sobre o produto brasileiro à revisão dos subsídios concedidos pelo governo do Brasil aos usineiros, por meio do Proálcool. Segundo o embaixador brasileiro, os dois países irão retomar o assunto. "Vamos sentar e conversar, mas não temos ainda uma definição sobre datas ou prazos." O secretário argentino, Jorge Campbell, afirmou que os dois países têm que seguir com a negociação sobre o açúcar, iniciada há mais de dois anos. As negociações sobre a questão começaram em 1994 e tinham como objetivo estabelecer uma transição para a isenção tarifária total a partir de 2001, conforme determina o Tratado de Ouro Preto. Essas negociações, porém, encontravam-se num impasse depois da nova lei aprovada no Congresso argentino. "Para que a discussão avançar é preciso falar sobre coisas técnicas; provar e quantificar o subsídio. Uma vez que isso esteja claro poderemos ter uma negociação rica", disse o secretário argentino. O presidente do Comitê do Mercosul da Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausem (PFL/SC), afirmou que seu projeto de lei de taxar o trigo argentino pode ser retirado caso o governo do país vizinho anule a lei de restrição às exportações de açúcar brasileiro. Texto Anterior: Chile põe freio em acordo com Mercosul Próximo Texto: Autopeça deve qualidade, diz Volks Índice |
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