São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Senado estuda banir 'laptops' do plenário

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O Senado dos EUA vai decidir até o final do mês que vem se os seus integrantes podem usar computadores em plenário. A maioria dos senadores se opõe à inovação. O caso foi levantado pelo novato Michael Enzi, eleito em 1996 como um dos dois representantes de Wyoming (oeste).
Contador e dono de uma sapataria, Enzi, 53, do Partido Republicano, de oposição, é apaixonado por informática e diz que seu "laptop" é indispensável para o bom desempenho de suas funções.
A oposição ao computador em plenário vem dos dois partidos políticos e é justificada por motivos diversos. "Vai distrair os parlamentares durante as sessões", diz Kay Bailey Hutchinson, republicana do Texas. "Vai tornar os debates artificiais", afirma Robert Torricelli, democrata de Nova Jersey. "É um desrespeito aos colegas escrever durante a sessão", argumenta Robert Byrd, democrata de Virginia Ocidental. Alguns analistas dizem que o computador poderá fazer com que lobistas nas galerias ou fora do Senado orientem o voto e os discursos dos senadores.
Mas o historiador Dick Baker acha que a principal causa da oposição ao computador é o tradicionalismo da Casa.
(CELS)

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