São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Mir reativa módulo isolado desde junho

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS; DA REDAÇÃO

Os três tripulantes da estação espacial russa Mir deram uma demonstração de que teriam começado a surtir efeito os reparos do sistema de energia da nave. Parte do conserto foi executada por dois dos tripulantes na semana passada, em uma arriscada operação durante seis horas fora da Mir.
A tripulação reativou ontem o Priroda, um dos seis módulos integrados à estação, segundo o Centro de Controle de Vôos Espaciais da Rússia. O módulo estava isolado e desligado desde 26 de junho, um dia após a colisão com uma nave de carga não tripulada durante uma acoplagem.
O acidente -que foi considerado o mais grave ocorrido com a Mir nos seus 11 anos de operação- provocou perfuração de outro módulo, o Spektr, causando imediata despressurização do ar.
Houve também perda de 40% das reservas de energia da estação por causa dos danos provocados pela colisão em alguns dos painéis que captam energia solar.
O módulo reativado contém equipamentos de sensoriamento remoto. Esses instrumentos captam imagens da superfície terrestre que permitem avaliar dados sobre florestas, oceanos, rios e recursos naturais em geral.
Com cerca de 12 metros de comprimento e com um diâmetro máximo de 4,35 metros, o Priroda pesa 19,7 toneladas, que equivale a cerca de 16% da massa total de aproximadamente 120 toneladas do complexo Mir.
O sistema elétrico do Priroda voltou a ser desligado no final da tarde de ontem e estavam previstas novas ativações e desativações até que seja verificada a normalidade de todas as funções, segundo o centro espacial.
O conserto fora da Mir, realizado entre os dias 5 e 6, foi executado pelo comandante da missão, o russo Anatoli Soloviov, e pelo norte-americano de origem britânica Michael Foale.
Nas seis horas em que permaneceram fora da Mir, eles realinharam painéis solares danificados no acidente de junho, mas não encontraram nenhuma perfuração no Spektr.
Em agosto, Soloviov e o terceiro tripulante, o engenheiro russo Pavel Vinogradov, vestiram os trajes usados em caminhadas espaciais para religar cabos de energia que conectavam os painéis solares às baterias da Mir.

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