São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997 |
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Equívoco; 25 mil edições; Bode na horta; Cumprimento; Desinformação; Polícia em debate; Dia da Imprensa Equívoco "Foi com grande espanto que li o artigo do ilustre deputado federal Hélio Bicudo, a respeito do aborto legal, publicado na Folha em 12/9. Como jurista que é, sua excelência se equivocou drasticamente ao afirmar que o aborto legal resultante de estupro constante no Código Penal não foi recepcionado pela Constituição de 1988. Embaralha conceitos e tenta justificar uma convicção pessoal em termos legais, dando uma interpretação falaciosa ao dispositivo constitucional mencionado." Marcelo Pereira, doutor em Direito do Estado pela USP -Universidade de São Paulo (São Paulo, SP) 25 mil edições "Os brasileiros de São Paulo orgulham-se de um jornal que há 25 mil edições honra a frase inscrita em seu cabeçalho, 'Um jornal a serviço do Brasil'. Parabéns por este marco da imprensa brasileira a todos os que fazem da Folha um exemplo de jornalismo sério e democrático, que retrata os fatos da atualidade, no Brasil e no mundo, com agilidade e profissionalismo." Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo (São Paulo, SP) Bode na horta "É pura maquiagem o novo projeto do governo de regulamentação dos planos de saúde (12/9). Legitima a exclusão de doenças preexistentes, limita o tempo de internação e fixa carências. Não prevê a livre escolha nem o atendimento a vítimas de epidemias e calamidades. Deixa o Ministério da Saúde fora da fiscalização e dá poder demais à Susep (Superintendência de Seguros Privados). Ou seja, põe o bode como guardião da horta." Mário Scheffer, membro do Conselho Nacional de Saúde (São Paulo, SP) Cumprimento "Parabenizamos o repórter Aureliano Biancarelli pelo merecido prêmio conferido às suas reportagens sobre direitos reprodutivos. Desejamos sucesso e continuidade profícua do trabalho." Thomaz Gollop, livre-docente em genética médica pela Universidade de São Paulo e diretor do Instituto de Medicina Fetal e Genética Humana (São Paulo, SP) Desinformação "Em reportagem sobre o PT do Maranhão (19/8), a Folha desinforma seu leitor. Não houve convenção do PT do Maranhão. Houve, sim, reunião de parte dos petistas daquele Estado. Informei ao repórter que foram credenciados 80 delegados e que parte deles (36) retirou-se do evento. Omitir esse 'detalhe' permite induzir o leitor a acreditar que o campo majoritário do PT contesta a legitimidade da reunião em função dos sete delegados indicados por ela -segundo a Folha, eleitores de Milton Temer no Encontro Nacional do PT. É menosprezar demais a inteligência do leitor. Tivessem os petistas adeptos de José Dirceu participado da reunião até seu final, o resultado, naturalmente, seria diferente e, pelo contrário, talvez até levemente vantajoso para José Dirceu. A falácia se manifesta também quando a Folha justifica a decisão da Direção Nacional do PT de adiar o encontro no Maranhão para depois do Encontro Nacional como forma de retirar dos petistas do Maranhão seu direito a voto para a presidência do partido. Na verdade, o que levou a direção a essa decisão -da qual eu fui a relatora- foi a ilegalidade e a falta de legitimidade das delegações indicadas para o encontro estadual. Ao abordar a questão do Maranhão como o fez, a Folha está tomando partido na luta interna do PT." Vera Gomes, secretária nacional de Comunicação do PT (São Paulo, SP) Resposta do jornalista Carlos Eduardo Alves - Vera Gomes omite em sua carta que faz parte do grupo petista que tinha interesse em impugnar a convenção do partido no Maranhão. A versão da secretária de Comunicação do PT é contestada, por exemplo, pelo deputado estadual Luiz Vila Nova. A versão de Vera Gomes sobre o caso do Maranhão foi publicada pela Folha, ao contrário do que falsamente afirma a missivista. Polícia em debate "A propósito do editorial 'Uma polícia nova' (31/8), cumpre-me, como cidadão e policial militar, reconhecer e concordar, em parte, com a preocupação do editor ao utilizar o termo 'silêncio inquietante' em relação ao andamento dos temas ligados ao futuro da segurança pública no Brasil. Quando se fala em investimentos na segurança pública, a idéia fica restrita à aquisição de veículos, rádios, computadores, armamento, dentre outros bens materiais de caráter meramente patrimonial. Esquece-se, no entanto, que é o recurso humano, adequadamente remunerado e treinado, que operacionalizará todos os meios colocados a serviço da comunidade. Por outro lado, a tese da desconstitucionalização não deve estar hoje restrita apenas às Polícias Militares e aos Corpos de Bombeiros Militares, pois o artigo 114 da Constituição Federal de 1988 também contemplou como órgãos permanentes as demais polícias (federal, rodoviária federal, ferroviária federal e civis). A comissão coordenada pelo secretário nacional de Direitos Humanos certamente atingiu conclusões importantes e altamente válidas porém a diversidade regional, ligada às características culturais e socioeconômicas, impede a adoção de um modelo único de polícia para todo o país. Extirpar os celeiros de corrupção deve ser mais do que uma proposta, mas sim uma ação cada vez mais incisiva das próprias polícias, e demais entes do poder público, que dependem para isso diretamente da sociedade. O treinamento nas polícias deve ser dirigido no sentido de monitorar o grau de violência do policial, diuturnamente submetido a situações de estresse emocional, pois num momento deve ter a energia capaz de dominar um criminoso de alta periculosidade e em seguida deve tratar com cortesia o cidadão de bem, que nele busca segurança." José Miguel de Moraes Júnior, major PM, chefe de planejamento da 6ª Seção do Estado-Maior da Polícia Militar do Estado de São Paulo (São Paulo, SP) Dia da Imprensa A Folha agradece os cumprimentos pelo Dia da Imprensa que recebeu de: Ary Kara José, deputado pelo PMDB-SP (São Paulo, SP); Eliana Cezar, jornalista da Embrapa -Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Campo Grande, MS). Texto Anterior: Navegar é preciso Próximo Texto: ERRAMOS Índice |
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