São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 1997 |
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'Maduros' mantêm ritmo
FÁTIMA FERNANDES
Essa é a explicação de Nelson Barrizzelli, consultor especializado em varejo, para o fato de alguns produtos não terem sido mais procurados pelos consumidores depois do Real. A Nielsen estima que o mercado brasileiro de fósforos é da ordem de 2,5 bilhões de caixas por ano. O de sal, de 366 mil toneladas anuais, e o de aguardente, de 397 milhões de litros anuais. Outros mercados considerados maduros são: inseticida líquido (4,9 milhões de litros anuais), sabão em pedra (323 mil toneladas anuais) e polpa de tomate (60 mil toneladas anuais). "Substitutos podem, sim, provocar a queda na venda desses produtos considerados maduros. O inseticida líquido, por exemplo, pode estar sendo trocado pelo aerossol. O fósforo, pelo isqueiro", afirma Barrizzelli. Commodities Sydney Manzione, gerente de atendimento da Nielsen, lembra que há um grande movimento do consumidor para a compra de produtos prontos e mais elaborados. "Boa parte dos produtos que registram queda nas vendas são commodities. São categorias que também pouco investem em publicidade." Claudio Felisoni, coordenador do Provar (Programa de Varejo) da USP (Universidade de São Paulo), diz que a estabilidade nas vendas dos produtos básicos mostra o aumento do poder de compra do consumidor, que demanda linhas mais sofisticadas. Pelo último levantamento da Nielsen, realizado em junho e julho deste ano, os produtos que mostram as maiores quedas nas vendas são fósforos, aperitivos, champanhe, sorvetes, molho branco pronto, gim, inseticida líquido, licor, aguardente, sal de cozinha, purê e polpa, sabão em barra, vodca e fermento. A comparação é feita com igual período do ano passado. (FF) Texto Anterior: Produto "antigo" reage só no 1º ano do Real Próximo Texto: Mercado de sorvetes cai após crescer 26% em 1995 Índice |
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