São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997
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Trilha tem zabumba e garrafas

ERIKA PALOMINO
DA REDAÇÃO

Os 42 minutos de "Parabelo" têm como ponto de partida pequenas matrizes criadas por Tom Zé. Sons criados a partir do roçar de cordas, de serrote sobre tubos de PVC, de bolinhas de sabão, apitos, garrafas, gaitas de chaveiro, bochechos e vozes.
José Miguel Wisnik entrou na sequência, trabalhando essas estruturas no computador e criando as bases em estúdio.
A banda de Tom Zé propiciou a embalagem musical dos nove temas da peça, em violão, baixo, baixolão, guitarra, bandolim e bateria. Piano, teclado, rabeca, zabumba, sanfona e percussão completaram a produção, assinada por Paulo Tatit e Alê Siqueira.
Depois disso entra o trabalho de voz, em que participam tanto Tom Zé quanto Wisnik e Tatit, mais a baiana Gilvanete Rocha e Silva e os compositores Ná Ozzetti e Arnaldo Antunes, nas faixas "Cego com Cego"e "Xiquexique", que encerram o espetáculo.
No total, são nove os temas, com um início mais seco, mais intenso, com estrutura de voz e barulhos de garrafas.
Quatro desses temas trazem no título nomes de cidades do sertão que remetem à guerra de Canudos, que completa 100 anos. São elas Uauá, Canudos, Bendengó e Xiquexique.
O CD com a música original do espetáculo será vendido no Teatro Municipal de São Paulo e nos outros teatros em que o Corpo vai se apresentar. "21" e "Nazareth" também têm sua trilha original registrada em CD e disponíveis para comprar por R$ 15.
(EP)

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