São Paulo, domingo, 21 de setembro de 1997
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Fatia maior; Pé no acelerador; Tijolo com tijolo; Batendo no teto; Taxas explosivas; Recuperando a sucata; Na berlinda; Poder de atração; Os escolhidos; Imagem melhor; Novo filão; Tirando o time; No escanteio; Trocando as armas; Batendo na porta; Cheque assinado

Fatia maior
Levantamento da Austin Asis mostra que a participação dos bancos estrangeiros cresceu 74,7% com o Real. Em junho de 94, os estrangeiros detinham 9,5% do ativo total do sistema e, em junho passado, atingiram 16,6%.

Pé no acelerador
Segundo Erivelto Rodrigues, da Austin Asis, "como o processo de globalização começou neste ano, estamos estimando que, em dois anos, a participação dos estrangeiros tende a dobrar".

Tijolo com tijolo
Estudo da Salomon Brothers mostra que há pouco espaço para o crescimento do crédito, com exceção de habitação. O crédito para a compra da casa própria corresponde a dois terços do montante total, mas representa apenas 20% do pagamento anual de dívidas.

Batendo no teto
Nos cálculos da Salomon Brothers, o brasileiro que ganha acima de US$ 2.500 por ano (41,1% da PEA) já compromete de 13% a 17% de sua renda anual com pagamento de dívidas. O norte-americano compromete 19% -incluindo os 5,5% da hipoteca da casa própria.

Taxas explosivas
Das oito formas de crédito estudadas (empréstimos bancários, habitacional, factoring, leasing, cartões de crédito e de lojas, consórcios e financeiras) pela Salomon, as que mais cresceram foram crédito ao consumidor (42% ao ano) e factoring (47%).

Recuperando a sucata
Boris Tabacof, da Fiesp, constata: a privatização, no Brasil, não se resume à troca de controle acionário. "Quem compra precisa investir, e muito. Não dá para operar esse monte de ferro velho."

Na berlinda
"Estão me deixando em paz", diz Raul Velloso, especialista em contas públicas. "A moda agora é discutir só a possibilidade de um ataque especulativo contra o real."

Poder de atração
O Brasil vai atrair a maior parte (32%) dos investimentos asiáticos (fora Japão) para a América Latina, diz pesquisa feita pelo BankBoston que será divulgada amanhã na reunião do FMI. A Argentina vem em segundo lugar, com 24%.

Os escolhidos
Foram ouvidos pelo BankBoston 102 executivos financeiros de países asiáticos. Desses, 34 constam da lista dos mil mais importantes da revista "Fortune'.

Imagem melhor
Segundo o BankBoston, 68% estão mais confiantes com a América Latina hoje do que há cinco anos e 60% consideram que os investimentos asiáticos na região devem crescer nos próximos cinco anos.

Novo filão
Para Henrique Meirelles, do BankBoston, o levantamento mostra que existe uma "nova fonte de recursos para a região".

Tirando o time
O BB acha que "não foi tratado de forma condizente com a sua força" e decidiu: não vai participar da pulverização de ações da Vale, diz Evandro Lopes, superintendente de relações com o mercado.

No escanteio
"O BB foi o primeiro banco a lançar fundo de privatização no país, o primeiro a lançar fundo de participação na Vale e é o maior administrador de fundos de investimentos. Mesmo assim, estamos fora", diz Evandro Lopes.

Trocando as armas
Para o senador Fernando Bezerra, da CNI, a proposta de reforma tributária da Fazenda não pode esbarrar em "'resistências corporativas" dos Estados. Se aprovada, "a guerra fiscal seria substituída pela guerra da competência".

Batendo na porta
Synésio Batista da Costa, da Abrinq, propôs a Bezerra mudar os estatutos da CNI de forma a permitir que as associações (como Abrinq, Abinee e Abimaq) possam se associar com plenos direitos. O estatuto da CNI permite que apenas federações se associem.

Cheque assinado
Foi aprovado o primeiro desembolso do "project finance" do BNDES com o IFC: US$ 30 milhões, do total de US$ 114,5 milhões que vão financiar os investimentos da concessionária da rodovia Presidente Dutra.

E-mail: painelsa@uol.com.br

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