São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 1997 |
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Meninos de ouro
JUCA KFOURI Do número 10 Ronaldo para o lateral-direito Andrei, lembrando Pelé e Carlos Alberto em 1970, a chave de ouro para os juvenis brasileiros, enfim, campeões mundiais.Uma inédita festa brasileira graças a um segundo tempo irretocável diante da forte seleção de Gana, que já andava a nos complexar. * Mas a Fifa comemorou amuada o dia do Fair Play ontem na cidade do Cairo. Seu presidente não conseguia disfarçar o incômodo na tribuna de honra, relegado ao papel de coadjuvante devido à presença do Rei Pelé. Fim de mandato é mesmo um período triste. Como a Mastercard acredita piamente que João Havelange não será candidato à mais uma reeleição, seus executivos, em Nova York, simplesmente desconheceram um fax recebido no começo de agosto passado. Procedente da Suíça e assinado por Joseph Blatter, o secretário-geral da Fifa, o fax informava que, devido à presença de Havelange no Cairo para a partida final da Copa do Mundo sub 17, seria conveniente, para evitar constrangimentos, que Pelé, garoto-propaganda do cartão de crédito que patrocina todos os eventos da entidade, não comparecesse ao Egito. Como se viu, um sorridente Pelé lá estava -ensinando espírito esportivo ao já não tão poderoso chefão. * Quem se irritou e desligou a TV, ou pegou no sono e dormiu sem ver o segundo tempo de Grêmio e Corinthians, não sabe o que perdeu. Não que tenha sido um jogo inesquecível, mas a monotonia do primeiro tempo foi quebrada por pelos menos seis situações claríssimas de gol, três para cada valente mosqueteiro. Prevaleceu a velha eficácia gaúcha, que aproveitou duas e ganhou o jogo. * De quebra, vez por outra, quatro para ser mais exato, o jogo do Olímpico era interrompido pelas imagens vindas de São Januário. Mostravam o Vasco fazendo chover com as diabruras da dupla Evair/Edmundo detonando o Paraná de Lazaroni, um show ainda melhor que nos tempos de Palmeiras. Edmundo mudo, e sem boxear, faz o que sabe: gols. Até quando? * Zetti fez milagres, Muller fez falta e o Palmeiras fez o que Felipão prometeu: ouviram-se violinos no Parque Antarctica. Texto Anterior: Uma final histórica, e sem cabeça-de-bagre Próximo Texto: Lusa empata em Minas no final com gol de 'talismã' Índice |
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