São Paulo, sábado, 27 de setembro de 1997
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Inquérito da ação do Gate em Santo André mostra 4 tiros

GUSTAVO ABREU
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA

O inquérito policial que apurou a morte do comerciante Osvaldo Manoel da Silva, 29, ocorrida em fevereiro em Santo André (Grande São Paulo), revela que ele levou quatro tiros -e não três, como afirmava o primeiro laudo do Instituto Médico Legal.
O relatório será entregue na próxima segunda-feira à Justiça pelo delegado do 1º DP, Guerdson Ferreira. Para ele, esse fato não altera o andamento do processo.
O corpo de Silva havia sido exumado para que um novo exame fosse feito pelo IML de São Paulo, o que revelou a quarta perfuração.
Outro exame da Unicamp indicou que Silva foi tirado com vida do apartamento e morreu no carro de polícia do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais).
"Dentro de um raciocínio lógico, chega-se a essa conclusão (de ele ter sido retirado do apartamento ainda vivo)", disse Ferreira.
A ação
No dia 1º de fevereiro passado, a polícia foi chamada para conter o comerciante que ameaçava sua mulher com duas armas na mão, dentro de seu apartamento.
Os policiais não conseguiram convencer Silva a largar as armas e pediram reforços ao Gate, de São Paulo. Os policiais do Gate entraram no apartamento pela sacada e arrombando a porta da sala.
Houve troca de tiros e o comerciante foi rendido a tiros. Segundo a versão apresentada pelo Gate, ele teria morrido a caminho do hospital. Todas as cenas foram veiculadas em emissoras de TV.

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