São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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Delegado acha história "estranha"

DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado Sylvio Paglia considera uma "história estranha" os documentos oficiais sobre a morte de Neide. "Eu sou um sujeito que lembro de tudo. Mas não tenho a menor idéia desse caso", afirma.
Seu nome aparece duas vezes em documentos sobre a morte de Neide. Curiosamente, o nome de Paglia está ao mesmo tempo em documentos de dois distritos policiais diferentes -o 28ª, na Freguesia do Ó, e o 30º, no Tatuapé.
"Se ela morreu no Tatuapé, não sei como (o boletim de ocorrência) foi parar no 28º", diz. Contesta ainda o fato de um dos boletins feitos em seu nome dispensar a autópsia por se tratar de morte natural. "Se a pessoa põe fogo na roupa, não é morte natural."
O escrivão Wilson Ferreira Trindade, do 28º DP, também considera "estranho" o fato de o livro de boletins de ocorrência daquela delegacia não ter o registro daquele caso. "Os livros estão intactos, sem rasuras. Mas não há registro da morte", diz. "Vivíamos uma época incomum", afirma.

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