São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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'Não era para morrer ninguém'

ROGÉRIO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

O então secretário-adjunto da Segurança Pública para o setor penitenciário, Antônio Filardi Luiz, 61, presente na Casa de Detenção durante a rebelião, diz que a situação no local era tranquila.
"Parecia que era uma briguinha de presos e que a PM resolveria logo", afirma. "Não era para morrer ninguém ali, absolutamente ninguém."
Filardi, que ficou do lado de fora do pavilhão 9, confirma que os presos não fizeram nenhuma reivindicação que caracterizaria uma rebelião com objetivo de fuga.
"Os presos tinham posto os agentes penitenciários para fora dizendo que era problema deles."
Segundo ele, até por volta das 22h30 os que estavam do lado de fora do pavilhão não imaginavam que alguém tivesse morrido.
Nessa hora, lembra Filardi, o tenente-coronel Edson Faroro, que participou da retirada dos presos na segunda fase da operação, informou sobre o provável número de mortos.
"Chegou-se à conclusão que havia uns 90 mortos", diz. "Não era para ter acontecido isso."
(RS)

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