São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997 |
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Setor atravessa fase ruim em Wall Street
DE WASHINGTON A indústria de televisão por cabo nos EUA passa pelo seu pior momento. Além de impopular com os assinantes, está com a credibilidade em baixa em Wall Street porque sua penetração no mercado possivelmente já chegou ao limite máximo, a concorrência só pode aumentar e os investimentos necessários para manter sua tecnologia atualizada, em muitos casos, equivalem ao total de sua receita anual.A única esperança da indústria de reconquistar o enorme prestígio de que desfrutou entre acionistas nos anos 80 e 90 é oferecer o mais depressa possível novos serviços, como acesso de alta velocidade à Internet, melhor qualidade de som e imagem, mais canais e comunicação telefônica. Mas o problema é que a maior parte dos operadores tem dificuldades para obter os financiamento necessários para oferecer esses serviços porque os analistas acham que suas perspectivas de lucro nos próximos dez anos são reduzidas. Ainda assim, a indústria continua sendo grande. Ela emprega 116.056 pessoas, faturou em 1996 US$ 26,4 bilhões e serve a 64,6 milhões de domicílios. Há 11,6 mil sistemas de cabo nos EUA. O maior deles continua sendo a TCI, com 16 milhões de assinantes, seguido pela Time Warner, com 12,1 milhões. A Continental vem em terceiro, com 4,2 milhões, a Comcast em quarto (3,4 milhões) e a Cox em quinto, com 3,2 milhões. O maior sistema do país (operado pela Time Warner) é o de Nova York, com 1 milhão de assinantes. Mais da metade dos sistemas oferecem mais de 54 canais aos assinantes e 42% deles oferecem entre 30 e 53 canais. Só 3% oferecem menos de 29 canais aos assinantes. A venda de publicidade para os canais de cabo já representa um negócio da ordem de US$ 6 bilhões anuais e é uma área em que o crescimento tem se mantido constante e ainda pode ser aumentado muito nos próximos dez anos. As dez redes que chegam a maior número de assinantes são: ESPN, CNN, TNT, TBS, C-Span, USA, Discovery Channel, TNN, Lifetime e Family Channel. Depois, vêm A&E, MTV e Nickelodeon. Texto Anterior: EUA discutem congelamento de tarifas Próximo Texto: Brecha na lei permite TV paga sem concessão Índice |
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