São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 1997
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Pirotecnia reprovada nos EUA

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

A afirmação de Bono Vox de que a principal preocupação do U2 com a turnê PopMart seria a música e não a tecnologia veio abaixo logo após os primeiros instantes do show da banda em San Diego, na Califórnia, o segundo dos 78 shows que a banda deverá fazer até junho do ano que vem.
O abuso das técnicas computadorizadas (em um telão de 57 metros de comprimento por 19 de altura, podiam ser vistas obras pop "ilustrando" as canções) fez o U2 criar "um filme de ficção científica ao vivo", segundo palavras do próprio produtor da turnê, Willie Williams.
Esse excesso de efeitos especiais provocou muita reclamação do público americano, durante a primeira etapa da turnê. Em pesquisas de opinião encomendadas pelos organizadores da PopMart nos EUA, a queixa mais constante foi a de "falta de calor humano".
Com a ênfase nos badalados efeitos pirotécnicos, o grupo propriamente dito teria ficado em segundo plano.
As apresentações nos EUA enfrentaram, no leste do país, seus maiores problemas. Quando chegaram a Nova York, por exemplo, apenas o primeiro show teve sua lotação completa.

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