São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997
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Grupos gays queimam imagens do papa no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

Militantes dos grupos de defesa dos direitos homossexuais Atobá e 28 de Junho protestaram ontem, em frente à igreja da Candelária, no centro do Rio, contra a vinda do papa João Paulo 2º à cidade.
Foram queimados cartazes com a foto do papa e um que simbolizava a bandeira do Estado do Vaticano.
Para o ex-seminarista e diretor do Atobá Paulo Cesar Fernandes, 47, o papa e o cardeal-arcebispo do Rio, d. Eugenio Sales, representam uma igreja retrógrada, que "semeia a morte", ao condenar o uso dos preservativos, e trata a homossexualidade como doença, "uma coisa de pecador".
A assessoria do cardeal afirmou ontem à tarde que ele não se pronunciaria sobre o protesto. Segundo a assessoria, trata-se de um protesto "de quem não tem o que fazer".
Estátua
Ontem, operários colocaram estátua de João Paulo 2º em frente à catedral metropolitana do Rio. Seu autor, o artista peruano Mario Agostinelli, acompanhou a operação.
A obra foi financiada por doações da iniciativa privada. Será oficialmente inaugurada no dia 4 de outubro, quando o papa rezará uma missa na catedral. O ato é fechado, contando com a presença apenas de religiosos e convidados.

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