São Paulo, sábado, 4 de abril de 1998
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João Gordo e os Ratos de Porão tocam em 10 países

MARCELO NEGROMONTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Depois de perder 23 kg num spa no interior de São Paulo (está com 180 kg agora), João Gordo e os Ratos de Porão se preparam para a maior maratona de shows internacionais da banda pela Europa a partir deste mês.
Serão cerca de 40 apresentações durante 50 dias por dez países. "Vamos tocar desde em "buracos de porco' a clubes legais", disse o vocalista João Gordo.
Na maioria dos países, como Espanha, Portugal, Alemanha e Itália, os Ratos de Porão são "de casa", com público fiel. Mas estréiam na Croácia e Eslovênia (duas ex-repúblicas da antiga Iugoslávia).
"Na Croácia, o meu regime deve ser mais intenso, porque vai ser à base de pão preto, batata e vodca", disse Gordo.
"Lá deve ser como tocar para um caldeirão prestes a explodir. As pessoas vivem mais intensamente", disse Gordo.
"Nós gostamos de tocar em lugares em que ninguém toca, como nas Ilhas Canárias, Palma de Maiorca, Patagônia (Argentina), sul de Portugal (Faro, Algarves)."
A maior turnê dos Ratos se dá pelo lançamento de "Carniceria Tropical", que saiu no Brasil no fim do ano passado.
O lançamento na Europa, com exceção de Portugal e Espanha, fica a cargo da Alternative Tentacles, gravadora norte-americana de Jello Biafra (ex-líder da banda punk Dead Kennedys). Em Portugal, o contrato foi assinado com a Música Alternativa, que representa a Epitaph no país.
A Munster Records, gravadora independente espanhola, vai lançar "Carniceria Tropical" na Espanha, que ainda ganha versão em vinil. "Em Portugal e Espanha, o disco é recém-lançado. Nos demais países, o disco deve sair no verão europeu", disse Gordo.
Depois de uma sucessão de shows como esses, a volta para o Brasil é pesarosa para João Gordo.
"Nós ficamos afiadíssimos no final da turnê e, quando chegamos aqui, "brochamos' porque não há lugar para tocar. O máximo que já conseguimos fazer aqui foram três shows consecutivos."
A última vez que a banda esteve na Europa foi em 96, quando os Ratos de Porão eram contratados da gravadora da Roadrunner.
"A Roadrunner nunca nos apoiou em turnês. Eles tinham muita má vontade com a gente e ainda exigiam que eu cantasse em inglês."

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