São Paulo, quinta-feira, 18 de junho de 1998
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Camaroneses jogam culpa no árbitro pela derrota

HUMBERTO SACCOMANDI
DO ENVIADO A MONTPELLIER

Erros individuais e de posicionamento na defesa e o excesso de violência foram as principais deficiências da seleção de Camarões na derrota de ontem para a Itália.
Mesmo assim, o técnico da equipe, o francês Claude Le Roy, insinuou que a arbitragem novamente favoreceu a Itália.
"Mais uma vez o árbitro não foi mal para os italianos. Parece uma constante isso", disse ao final da partida. Segundo ele, não havia motivo para a expulsão de Raymond Kalla Nkongo, ao final do primeiro tempo.
Numa dividida com Di Biaggio, ele entrou com a sola do pé, acertando a perna do italiano. O banco italiano já havia reclamado em outras ocasiões contra lances que considerava passíveis de expulsão, especialmente o carrinho por trás dado em Baggio por Njanka, que recebeu somente cartão amarelo.
Na véspera do jogo, o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, advertira os árbitros contra o excesso de tolerância na Copa em relação aos carrinhos por trás.
Ao final, os quatro defensores camaroneses receberam cartão.
Mas Le Roy admitiu que o time não foi bem. "Cometemos erros que não se podem cometer contra uma equipe como a Itália."
O erro mais grave ocorreu logo no início da partida, quando o time africano permitiu que Di Biaggio cabeceasse sozinho na linha da pequena área, sem chances de defesa para Songo'o.
Em três ocasiões, ainda na primeira etapa, o atacante Vieri foi lançado no meio da zaga adversário em condições de marcar.
Foi a segunda partida entre as seleções de Itália e Camarões em Copas do Mundo. Na primeira, em 1982, na Espanha, houve empate em 1 a 1. O resultado à época classificou os italianos e eliminou a equipe africana.
(HuSa)

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