São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 1998 |
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Na meia, Denílson acha que correspondeu Você acabou entrando como titular justamente na partida em que o Brasil perdeu. Não fica uma sensação de oportunidade perdida? Não acho que foi uma oportunidade perdida. Fiz exatamente o que o Zagallo me pediu. Acho que correspondi. Ele queria me ver marcando, e eu não fugi da luta. Sempre que ele quiser contar comigo, sabe que posso dar conta do recado. Mas você não foi discreto demais? A torcida esperava ver seus dribles, a volta do futebol-arte, e não foi isso o que aconteceu. Qual foi o problema? O problema é que eu fui marcado demais. Volta e meia tinham dois ou três no meu pé. Quando surgia a chance, eu tentava fazer alguma coisa. Mais ficava difícil, principalmente por causa da marcação forte que eles fizeram. A defesa brasileira falhou? Houve desatenção nos últimos dez minutos? A defesa não falhou. Acho até que eles foram muito bem. Mataram a principal jogada da Noruega, que eram as bolas altas. O problema foi mesmo a desatenção. São coisas que acontecem. No coletivo de sábado, a equipe principal sem o César Sampaio, mas com você no time e o Leonardo mais recuado, já tinha ido mal. Agora, perdeu para a Noruega. Esse novo esquema do Zagallo, teoricamente mais ofensivo, está fadado ao fracasso? Não sei em relação ao esquema. Quem tem que decidir é o Zagallo. A minha preocupação tem que ser jogar bola, jogar bem quando eu for chamado. Mesmo que, infelizmente, o time acabe perdendo. A Noruega surpreendeu vocês? E o clima de revanche, de raiva contra o treinador Egil Olsen, não acabou sendo prejudicial? Não, isso até ajudou a nos motivar mais. Foi uma derrota que deve servir como lição. O importante agora é a gente reorganizar a casa para o jogo contra o Chile, que é o que vale para a gente. Se perdermos para o Chile, aí sim vai ser um problema. Graças a Deus que até lá temos um pouco de tempo para treinar. Texto Anterior: Ronaldinho critica meio-campo Próximo Texto: Paulistano destaca Bebeto Índice |
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