São Paulo, sexta-feira, 26 de junho de 1998
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Carinho; Celso Pitta; Floresta e savana; Barulho da Copa; Derrota do Brasil; Popularidade; "Odeio pobre"; Resposta

Carinho
"O povo precisa de muito mais do que carinho. O povo precisa é de emprego. O povo precisa é de educação. O povo precisa de Justiça. O povo precisa de saúde. O povo precisa de segurança. O povo precisa de tudo.
O povo precisa, principalmente, de um bom governo; que o seu presidente desça do palanque, viaje menos e trabalhe mais.
O carinho, senhor presidente, é consequência de tudo isso."
Humberto Mendes (São Paulo, SP)

Celso Pitta
"Josias de Souza deixou bem claro a indignação que todos nós paulistanos sentimos em relação ao 'invisível' prefeito de São Paulo, no texto 'A cor de Pitta' (pág. 1-2, Opinião, 22/6). Não bastando o péssimo governo do nosso Estado, temos ainda que suportar a apática relação do prefeito com a cidade que o elegeu como administrador, que é de absoluto descaso.
Se algum dia me pedirem que defina 'o nada', direi sem titubear: Pitta e Covas."
Dinart Pontes de Oliveira (São Paulo, SP)
*
"No seu artigo 'A cor de Pitta', Josias de Souza critica de forma insolente o prefeito de São Paulo. Não sou nenhum fã do prefeito, mas acho que ele exagerou no xingamento. Se sua intenção era afundar mais ainda a imagem de Pitta, comigo não funcionou: depois de ler o artigo, fiquei com uma péssima impressão do Josias, não do Pitta."
Pedro Rodrigues (São Paulo, SP)

Floresta e savana
"A manifestação do porta-voz do governo, sr. Sergio Amaral, publicada na Folha do último domingo (pág. 1-3, Opinião, 21/6), de que 'o incêndio em Roraima, hoje se sabe, foi várias vezes menor do que se dizia, não acarretou nenhuma morte, não atacou tribos indígenas e queimou muito mais savana do que floresta', foi no mínimo infeliz.
Em termos biológicos, as savanas são tão importantes como as florestas, pois as espécies de uma formação em geral não ocorrem na outra. Preservar a biodiversidade amazônica implica necessariamente preservar os seus diversos ecossistemas, sejam eles savânicos ou florestais."
João Renato Stehmann (Belo Horizonte, MG)

Barulho da Copa
"Lamentável a atuação da Folha. Os deputados aproveitaram o barulho da Copa para aprovar a aposentadoria especial dos magistrados e o jornal ainda continua preocupado com o Dunga."
Alvaro Ney Bonadia (São Paulo, SP)

Derrota do Brasil
"Tudo bem. O Brasil já estava classificado em primeiro lugar e podia perder tranquilamente a partida. Mas, se era isso, por que não se colocou o time reserva, sem criar falsas expectativas para a torcida? Se se colocou o time titular, deveriam ter dito aos jogadores: 'Vocês têm a responsabilidade de fazer uma grande partida em consideração à torcida e ao público em geral'.
Agindo da maneira como agiu, a seleção brasileira desrespeitou não só a torcida brasileira mas todo o mundo esportivo, inclusive prejudicando deslealmente o time de Marrocos. Ou os brasileiros já se esqueceram da malhação que se fez do Peru porque se 'abriu' antiesportivamente para a Argentina, prejudicando o Brasil em 78?"
Francisco J.D. Santana (Salvador, BA)

Popularidade
"A coluna do senador José Sarney de 19/6, 'A pesquisa que não se vê' (pág. 1-2, Opinião), aponta erros do atual governo que lhe estão causando baixa na popularidade, segundo os institutos de pesquisa.
Mas o que me chamou, realmente, a atenção foi saber que a dívida pública atinge a cifra de 290 bilhões (de dólares ou reais -tanto faz, pois é quase a mesma coisa). Essa dívida dobrou nestes últimos três anos e, o pior, o povo brasileiro não sabe o porquê disso, apesar de tudo o que já foi arrecadado com as privatizações.
É simplesmente triste e lamentável o que acontece neste país, em que o governo não controla os gastos públicos e fica exigindo sacrifício e mais sacrifício da sociedade."
Sebastião da Costa e Silva (Teresina, PI)

"Odeio pobre"
"Em um país onde jovens de classe média queimam índio vivo e se justificam dizendo que 'pensavam que fosse um mendigo', é totalmente inaceitável que uma pessoa tão inteligente como o Miguel Falabella se apresente no programa 'Sai de Baixo', fazendo insultos e gozações com o pobre brasileiro."
Miguel Leonel dos Santos (Campinas, SP)

Resposta
"Em artigo publicado na Folha de 23/6 (Cotidiano), sob o título 'Sal iodado: necessidade imperiosa', o professor Geraldo Medeiros, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP, afirma que, em 1997, o Ministério da Saúde extinguiu o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (Inan), o que trouxe prejuízos, pois as refinadoras de sal do país teriam deixado de receber o iodo fornecido pelo ministério para ser adicionado ao produto.
É pelo consumo do sal iodado que a população supre sua carência de iodo, mineral responsável por evitar no organismo o surgimento do bócio.
O Ministério da Saúde tem a esclarecer que:
1) Em 1997, foram adquiridos 140 kg de iodo para serem distribuídos às refinadoras de sal, pela Fundação Nacional de Saúde.
2) Em 1998, a quantidade de iodo adquirida é de 280 kg.
3) Até o momento, o ministério já entregou 65 kg à Fundação Nacional de Saúde do Rio para serem repassados às refinadoras de sal do Estado. O restante tem entrega prevista para 60 dias.
4) Em 1997, o Ministério da Saúde extinguiu o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (Inan), transferindo para o Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) a coordenação do Programa de Combate ao Bócio Endêmico."
Platão Fischer-Pühler, assessor especial do ministro da Saúde, José Serra (Brasília, DF)

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