São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998
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Fifa vai manter 32 seleções

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Apesar do fraco desempenho das seleções "emergentes", presentes à Copa da França graças ao inchaço da competição, com 32 times, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, eleito no começo do mês, anunciou ontem que pretende manter o atual número de equipes nos próximos mundiais.
O suíço Blatter considerou que a experiência do Mundial-98, que pela primeira vez teve 32 seleções, em vez de 24 das últimas Copas, foi "muito positiva" e que esse aumento não acarretou em queda da qualidade ou diminuição do interesse público na competição.
A média de gols da primeira fase foi de 2,62 por partida. Na Copa passada, nos Estados Unidos, o índice nessa etapa foi menor, com 2,58 gols por jogo. Em toda a Copa-94, a média foi um pouco maior: 2,71 por partida.
"Não voltaremos a 24 seleções. Continuaremos com 32, nem mais nem menos. As partidas deste Mundial foram muito equilibradas, e falta muito pouco para que todas as seleções, de qualquer continente, estejam no mesmo nível", disse o presidente.
Coincidência ou não, ontem mesmo o técnico alemão Berti Vogts se referiu ao assunto, condenando a atual forma. O treinador pediu que a Copa inclua mais times europeus e menos asiáticos e africanos.
"Os europeus são os grandes vencedores desta competição, e a Fifa deveria pensar sobre o aumento de times da Europa. Os asiáticos são os perdedores aqui, e a África é a grande perdedora. Eu acho que 16 times da Europa seriam apropriados."
Nos Estados Unidos, sete dos oito times que foram às quartas-de-final eram da Europa, embora o único não-europeu tenha levado a taça: o Brasil.
Outra mudança inaugurada na França que lhe agradou foi a necessidade de que todas as seleções façam suas partidas na primeira fase em sedes diferentes.
As alterações para as próximas Copas ficarão por conta do sistema de distribuição de ingressos, que causou muita confusão, a começar da concentração de entradas para os torcedores franceses e passando pelas fraudes que envolveram empresas parceiras da Fifa. "Os casos de fraude detectados estão nas mãos da Justiça", disse.

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