São Paulo, sábado, 11 de julho de 1998
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Punição pode ser ampliada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O residente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Aristeu Lima, disse ontem que o governo deveria estender para todos os servidores públicos a MP (medida provisória) editada no último dia 30 para afastar policiais acusados em processos disciplinares.
Segundo ele, os sindicatos da categoria vão levantar os nomes de servidores públicos envolvidos em irregularidades para cobrar providências do governo. Mas ele negou que os sindicatos pretendam investigar procuradores da República que defenderam uma "limpeza" na PF.
A assessoria do Ministério da Administração informou que o governo não tem um controle centralizado sobre os funcionários que respondem a processos administrativos. Disse que só há controle sobre processos de demissão.
"Nós apoiamos o saneamento da PF. O que estamos criticando é o caráter restritivo dessa MP. Queremos é a apuração de todas as coisas erradas feitas por servidores públicos nesse país."
Para a reedição da MP no final deste mês, o ministro irá propor ao Planalto a inclusão de artigo que determine o afastamento dos policiais que respondam a processo judicial por prática de crime contra a administração pública.
O Ministério da Justiça está reavaliando a lista de 13 policiais afastados porque respondem a processos disciplinares.
O presidente interino do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Velloso, negou ontem pedido de liminar apresentado por Eleutério Parracho, ex-superintendente da Polícia Federal no Rio, para tentar suspender sua demissão.
Essa foi a primeira derrota sofrida na Justiça pelos sete primeiros policiais federais demitidos a pedido de Calheiros.

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