São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998
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Programação da volta ao Brasil fica indefinida

ALEXANDRE GIMENEZ; JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO; MARCELO DAMATO; MÁRIO MAGALHÃES; NOELLY RUSSO; RODRIGO BERTOLOTTO
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A SAINT-DENIS

Os jogadores do Brasil deixaram ontem o Stade de France em Saint-Denis sem confirmar o roteiro com a programação para sua volta ao Brasil. Toda a programação divulgada estava preparada para festas.
Pelo cronograma original, a seleção brasileira deixa hoje Paris à meia-noite e faz sua primeira parada em Brasília para receber homenagem do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. O vôo da seleção é esperado às 6h, horário de Brasília. A escala na capital foi confirmada ontem por dirigentes brasileiros.
Estava prevista uma homenagem feita por FHC mesmo com a derrota da equipe. O ato deve ser mantido. Inicialmente, havia sido programado um desfile em carro aberto com os jogadores pelas ruas de Brasília.
Os brasileiros devem passar pela Receita Federal já em Brasília. Cada atleta vai ficar responsável pelos bens comprados no exterior.
Em 1994, a CBF tentou fazer com que os jogadores entrassem todos juntos sem passar pela alfândega. Neste ano, a entidade já avisou os jogadores que cada um será responsável pela prestação de contas,
Outro desfile, em um carro do Corpo de Bombeiros, estava programado para a segunda parada da seleção no Brasil, no Rio de Janeiro. Lá deve ficar a maioria dos jogadores brasileiros.
O avião da seleção deve aterrissar no Rio ao meio-dia e, depois do desembarque dos jogadores, o MD-11 da Varig fretado especialmente pela CBF para a seleção, voa para São Paulo.
Em São Paulo, desembarcam os jogadores paulistas e gaúchos que seguem depois para o Rio Grande do Sul. Também havia comemorações previstas para São Paulo. A chegada estava programada para às 13h.
Preparativos
A capa do cardápio preparado pelo cozinheiro italiano Danio Braga tinha uma segunda versão preparada para o caso da vitória do Brasil.
Essa segunda versão apresentaria a taça, o troféu da Fifa, estampada. Com a derrota, o cardápio deve ser apresentado sem referências à Copa do Mundo. A refeição será servida no vôo da volta.
Durante a partida, havia funcionários da Varig preparados para pintar a quinta estrela, que representaria o pentacampeonato, no avião que tem motivos do Brasil.
O avião, com capacidade para 279 passageiros, levaria os jogadores, a comissão técnica, cartolas e dirigentes. As famílias de jogadores e de dirigentes também teriam lugar no vôo, além de convidados e jornalistas. Familiares e convidados devem deixar a concentração às 19h. Os atletas devem deixar Lésigny às 22h.
Os integrantes da imprensa que viajariam com os jogadores brasileiros foram escolhidos pela CBF, que solicitou uma inscrição oficial dos jornalistas interessados.
A Folha solicitou formalmente acesso ao avião, como os outros meios, mas teve sua credencial negada pela CBF.
Pode ser que alguns jogadores prefiram permanecer na Europa, onde têm casa ao invés de retornar ao Brasil.
O coordenador técnico Zico não volta com certeza. Ele seguirá diretamente para o Japão. Ele vai treinar o Kashima Antlers para as finais da Copa Nabisco, que começam nesta semana.
(AGz, JCA, MD, MM e NR)

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