São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998
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Jacquet pode deixar comando da seleção

O sr. percebe a dimensão histórica desta vitória?
Sim. Nos últimos dias, especialmente, quando vimos o apoio que recebíamos por parte do público, nos demos conta de que estávamos tentando algo que seria importante não só para o futebol, mas para toda a população francesa.
Estamos muito orgulhosos do que conquistamos aqui esta noite. Viemos aqui para vencer.
O fato de estarmos na final não nos bastava. Trabalhamos durante dois anos para conseguir essa vitória, e acho que mostramos no campo que a merecíamos.

Como está se sentindo agora, depois de ter conquistado a Copa do Mundo?
É um sentimento fabuloso ver que o público francês reconheceu nos últimos dias o esforço que fizemos. Essa comunhão da torcida com os jogadores foi fundamental na reta final.
A equipe francesa parece ter melhorado a cada jogo.
Sim, porque fomos adquirindo um capital extraordinário de confiança, que não era compartilhada pelos jornais ao longo de todos esses anos.
Mostramos na Copa que a França tem uma grande equipe de futebol, com grandes jogadores. E o público pôde perceber, afinal, que a imprensa estava mentindo a nosso respeito.

Agora, com a vitória, o sr. está disposto a perdoar seus críticos?
Não, eu não os perdoarei jamais. Jamais.

Qual foi sua estratégia para vencer o Brasil?
Nós tínhamos consciência de estar diante de uma equipe fortíssima. O Brasil é a equipe com o maior potencial técnico de todas.
Por isso, sabíamos que, esta noite, nós precisávamos ser pacientes. Sabíamos que tínhamos que pôr em prática um futebol técnico e, ao mesmo tempo, com muita coesão e solidez.
Tínhamos que ser um grupo compacto e motivado por uma enorme vontade de vencer.

O sr. estava confiante desde o início da partida?
Sim, desde o primeiro momento tive confiança na equipe, confiança em meus jogadores. Ao longo do jogo, essa confiança só foi aumentando.
Acho que a equipe fez uma grande partida. Durante toda a Copa do Mundo, meus jogadores foram muito exigidos, nas condições mais diferentes. Em todas elas, eles se provaram fortes e decididos.
Durante a final contra o Brasil, não tivemos tantos problemas quanto em outros momentos do torneio. Fomos capazes de controlar a partida.

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