São Paulo, terça-feira, 02 de maio de 2000


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Concurso de dança abre inscrições

ANA FRANCISCA PONZIO
especial para a Folha

O Itaú Cultural lança hoje o projeto Rumos Dança, que no decorrer de 2000 se propõe a fazer um mapeamento nacional capaz de detectar a produção emergente no país.
Interessados em apresentar suas criações, desde que concebidas para intérpretes solistas ou no máximo dois bailarinos, podem se inscrever até 2/7 por meio do endereço eletrônico www.itaucultural.org.br, que traz informações sobre regulamentos e instituições parceiras em diferentes regiões.
Seguindo os moldes da Rede Stagium, que desde 1996 desenvolve trabalho semelhante sob a coordenação de Cássia Navas, o Rumos Dança é coordenado pelo Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural, sob responsabilidade de Sonia Sobral, que neste ano tem Fabiana Britto como consultora.
Após o período de inscrições, haverá etapas de seleção dos trabalhos para escolha dos 15 finalistas que participarão da mostra de dança a ser realizada em janeiro de 2001, na sede do Itaú Cultural em São Paulo.
Além da equipe fixa do Itaú Cultural, há cerca de 20 assistentes envolvidos no projeto. Segundo Ricardo Ribenboim, diretor-superintendente da entidade, a verba destinada ao projeto é de R$ 270 mil.
Aos grupos de dança escolhidos serão oferecidos em torno de R$ 3.000 para a produção do espetáculo a ser apresentado na mostra. "Também financiaremos o registro em vídeo das obras escolhidas", diz o diretor-superintendente.
Ainda integram o projeto várias atividades voltadas para a formação e qualificação de quadros técnicos. Com isso, pretende-se também fomentar estudos teóricos. O público terá acesso aos dados coletados, a partir de 2001, pela Internet.
Embora o mapeamento proposto pelo Rumos Dança seja necessário, o Itaú Cultural ainda não está interferindo em demandas prementes, como a criação de estruturas capazes de revigorar a produção e elevar o padrão de qualidade criativa de um panorama promissor, mas ainda frágil.
Com a verba de R$ 3.000, os criadores contemplados terão de se contentar com um apoio simbólico, que em nada influirá na continuidade de seus trabalhos.


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