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Artista explora cores em nova série de relevos
Luciano Figueiredo expõe em SP, depois de seis anos, 25 objetos cromáticos
Três trabalhos dos anos 70
também serão exibidos em
individual na Nara Roesler;
ao mesmo tempo, galeria
faz coletiva com 12 nomes
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em nova série, Luciano Figueiredo busca a corporeidade
da cor. Depois de seis anos sem
expor em São Paulo, o artista
nascido no Ceará e radicado no
Rio exibe 25 relevos nos quais
os jogos cromáticos são o assunto principal.
"É o prazer da cor pura", afirma ele, que tem suas obras
apresentadas na galeria Nara
Roesler a partir de amanhã.
"Crio uma massa cromática,
cortada por planos e camadas."
Os relevos são de tamanho
modesto, 80 cm x 80 cm, mas
que capturam a atenção do espectador pelo apuro com que
são construídos. As formas geométricas aproximam os objetos
da tradição construtiva brasileira, inclusive da desenvolvida
por Hélio Oiticica (1937-1980),
amigo e parceiro de Figueiredo.
Os trabalhos também guardam diálogos com a produção
de artistas norte-americanos
como Mark Rothko (1903-1970), Robert Ryman e Barnett
Newman (1905-1970).
Figueiredo também exibirá
três peças da década de 70 que
considera uma gênese dos relevos atuais. Nelas, o artista utiliza jornais que compõem formas geométricas diversas.
"O jornal sempre aparece na
minha obra, de um jeito ou de
outro. É quase uma obsessão. A
matéria do papel e o que está
impresso formam um tipo de
poesia visual", conta o artista.
Coletiva
E a galeria encerra a temporada 2009 também com uma
coletiva, "Metafísica do Belo",
com curadoria de Paula Braga.
Ela reuniu trabalhos de artistas como Laura Vinci, Artur
Lescher, Cao Guimarães e Gil
Vicente, reunidos por aproximação do conceito desenvolvido por Schopenhauer (1788-1860). "Quando ele fala em metafísica do belo, refere-se a uma
experiência efêmera de surpresa. A arte pode provocar esses
momentos", diz ela.
Assim, para a curadora, as
700 peças de vidro da instalação de Vinci e as flores de grandes dimensões de fotografia de
Luzia Simons, por exemplo, podem propiciar ao público tais
instantes incomuns.
LUCIANO FIGUEIREDO/
A METAFÍSICA DO BELO
Quando: abertura amanhã, às 19h; de
seg. a sex., das 10h às 19h, e sáb., das
11h às 15h; até 2/2
Onde: galeria Nara Roesler (av. Europa, 655, tel. 3063-2344); livre
Quanto: entrada franca
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