São Paulo, quarta-feira, 09 de dezembro de 2009

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Artista explora cores em nova série de relevos

Luciano Figueiredo expõe em SP, depois de seis anos, 25 objetos cromáticos

Três trabalhos dos anos 70 também serão exibidos em individual na Nara Roesler; ao mesmo tempo, galeria faz coletiva com 12 nomes


MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em nova série, Luciano Figueiredo busca a corporeidade da cor. Depois de seis anos sem expor em São Paulo, o artista nascido no Ceará e radicado no Rio exibe 25 relevos nos quais os jogos cromáticos são o assunto principal. "É o prazer da cor pura", afirma ele, que tem suas obras apresentadas na galeria Nara Roesler a partir de amanhã.
"Crio uma massa cromática, cortada por planos e camadas." Os relevos são de tamanho modesto, 80 cm x 80 cm, mas que capturam a atenção do espectador pelo apuro com que são construídos. As formas geométricas aproximam os objetos da tradição construtiva brasileira, inclusive da desenvolvida por Hélio Oiticica (1937-1980), amigo e parceiro de Figueiredo.
Os trabalhos também guardam diálogos com a produção de artistas norte-americanos como Mark Rothko (1903-1970), Robert Ryman e Barnett Newman (1905-1970).
Figueiredo também exibirá três peças da década de 70 que considera uma gênese dos relevos atuais. Nelas, o artista utiliza jornais que compõem formas geométricas diversas. "O jornal sempre aparece na minha obra, de um jeito ou de outro. É quase uma obsessão. A matéria do papel e o que está impresso formam um tipo de poesia visual", conta o artista.

Coletiva
E a galeria encerra a temporada 2009 também com uma coletiva, "Metafísica do Belo", com curadoria de Paula Braga. Ela reuniu trabalhos de artistas como Laura Vinci, Artur Lescher, Cao Guimarães e Gil Vicente, reunidos por aproximação do conceito desenvolvido por Schopenhauer (1788-1860). "Quando ele fala em metafísica do belo, refere-se a uma experiência efêmera de surpresa. A arte pode provocar esses momentos", diz ela.
Assim, para a curadora, as 700 peças de vidro da instalação de Vinci e as flores de grandes dimensões de fotografia de Luzia Simons, por exemplo, podem propiciar ao público tais instantes incomuns.


LUCIANO FIGUEIREDO/ A METAFÍSICA DO BELO

Quando: abertura amanhã, às 19h; de seg. a sex., das 10h às 19h, e sáb., das 11h às 15h; até 2/2
Onde: galeria Nara Roesler (av. Europa, 655, tel. 3063-2344); livre
Quanto: entrada franca




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