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Thalma de Freitas se lança na MPB
ADRIANA FERREIRA
DO GUIA DA FOLHA
Não bastasse ser linda de morrer e de freqüentar o horário nobre da TV como atriz de novelas
da Rede Globo, a carioca Thalma
de Freitas, 30, tem uma voz que
promete levá-la bem longe. Essa é
a impressão causada pelo EP
"Thalma de Freitas", lançado pelo
Cardume -o selo do festival Humaitá pra Peixe.
A moça estréia cercada de boas
influências. Além de seu pai, o
maestro e pianista Laércio de
Freitas, o trio que a acompanha
no CD -e nos shows deste fim de
semana no Sesc Pompéia- tem o
baterista bamba Wilson das Neves e o baixista Bebeto (Tamba
Trio). "Eles são mestres. Estou
aprendendo a tocar tamborim
com o Wilson das Neves. Chique,
né?", comenta Thalma.
Ela também circula por uma
turma de onde saíram alguns dos
melhores trabalhos vindos do Rio
de Janeiro. Entre os responsáveis,
estão Berna Ceppas e Kassin, produtores do álbum de Thalma e
seus parceiros na Orquestra Imperial, que ainda tem Domenico e
Moreno Veloso.
Mas nem sempre as coisas deram tão certo. Sua estréia, em
1996, com um disco produzido
pelos então iniciantes Daniel Carlomagno e Max de Castro, resultou num trabalho que a própria
desconsidera. "Queríamos uma
coisa bem dançante, com influências de soul, mas ficou muito do
jeito que a gravadora [Sony] achava legal", diz Thalma.
Para a nova investida, a carioca
desencanou do soul e se jogou na
MPB. Foi atrás de clássicos e gravou "Doce de Coco" (Jacob do
Bandolim e Hermínio Belo de
Carvalho) e "A Voz do Coração"
(Celso Fonseca e Ronaldo Bastos). As melhores faixas, no entanto, são de jovens compositores, como Kassin ("Tranqüilo") e
os parceiros Seu Jorge e Sergio
Peu ("Samba Taí").
Ao vivo, Thalma também canta
"Chega de Saudade" (Tom Jobim
e Vinicius de Moraes) e "Verão"
(Rosa Passos), entre outras.
"Sempre acho o show melhor do
que o disco", conta a cantora. A
noite promete...
THALMA DE FREITAS. Onde: Sesc
Pompéia (r. Clélia, 93, Água Branca, tel.
3871-7700). Quando: hoje, às 21h, e
domingo, às 18h. Quanto: R$ 5 a R$ 15.
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